A Páscoa está chegando e junto com ela, a alta nos preços dos ovos de Páscoa, notada pelos consumidores. Isso é reflexo do período de chuvas e secas enfrentados pela África Ocidental, e também uma crise sanitária na Costa do Marfim e em Gana. O fungo Vascular Streak Dieback devastou as plantações dos países, que são os principais fornecedores de cacau, fator que contribuiu na redução da disponibilidade do fruto. Conforme a lei de oferta e demanda, esses fatores influenciam o preço final do produto, que vai para a mesa dos brasileiros.
Segundo o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação anual é a maior desde 2020. O preço de chocolates em barra e bombons disparou 16,5% nos últimos 12 meses. Para a Páscoa, a projeção é de que o chocolate esteja ainda mais caro, tendo uma alta de pelo menos 12%. Em razão disso, houve uma queda de 22,4% na produção de ovos de Páscoa em relação ao ano de 2024. Neste ano, foram produzidos 45 milhões de ovos, enquanto no ano passado haviam sido produzidos 58 milhões. A diferença é de 13 milhões de um ano para o outro.
Diante desse cenário desafiador, o mercado tem buscado alternativas para amenizar os impactos da alta nos preços e atender à demanda dos consumidores. Algumas empresas estão apostando em ovos de Páscoa menores, com menos recheio e embalagens mais simples, o que ajuda a reduzir os custos de produção. Além disso, há um aumento na oferta de opções à base de ingredientes alternativos, como o uso de cacau de origem nacional, combinações com biscoitos – produto muito comum em mercados – e até chocolates veganos, que têm atraído o interesse de um público mais diversificado. Outras marcas também têm investido em promoções e descontos, tentando equilibrar a alta dos preços com ofertas atraentes, a fim de manter a tradição da Páscoa acessível para todos.
