A maioria da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa gaúcha é a favor do polêmico projeto de reforma do Palácio Farroupilha, a sede do Legislativo. A proposta para que a Casa encaminhe o projeto executivo da reforma e seus termos serão apresentados nesta terça-feira à Mesa pelo presidente da Assembleia, deputado Gilmar Sossella (PDT). O projeto executivo tem custo de R$ 3 milhões e será feito pelo escritório paulista Vigliecca e Associados, vencedor do concurso público nacional realizado em 2009 para definir o Plano de Ocupação e Requalificação Espacial da área do Legislativo.
Sossella pediu um desconto ao escritório e o custo pode fechar em R$ 2,7 milhões. Com o projeto concluído, é possível começar o processo licitatório para execução das obras, orçadas inicialmente em mais de R$ 60 milhões.
Além de Sossella, ontem quatro dos outros seis titulares da Mesa se disseram totalmente favoráveis à reforma, apesar dos altos custos. “Eu acho que é necessário fazer, mas a gente sabe que, como é ano eleitoral, as pessoas ficam receosas”, avalia o 1 vice-presidente, deputado Catarina Paladini (PSB).”‘Sou a favor, temos que fazer, mesmo que critiquem, porque as instalações são muito ruins”, diz o 2 vice-presidente, deputado Álvaro Boessio (PMDB).
Entre todos os integrantes da Mesa, os mais cautelosos são a 1 secretária, deputada Marisa Formolo (PT), e o 2 secretário, deputado João Fischer (PP). Marisa considerou difícil o projeto ter seguimento sem um acordo político entre os partidos que possuem as quatro maiores bancadas (pela ordem: PT, PMDB, PP e PDT). “Neste ano o acordo é difícil porque nem sabemos quem será eleito para a próxima legislatura. E uma reforma deste porte precisa ter o comprometimento de uma legislatura inteira.” Apesar de concordar com a necessidade de mudanças, Fischer informou que precisa analisar melhor o projeto.