No dia 5 de setembro, o Grupo de Planalto de Comunicação divulgou, com exclusividade, o caso de um homem que teria morrido em decorrência de agressões supostamente motivadas por uma dívida em um mercado de Passo Fundo.
Segundo o boletim de ocorrência registrado pela família de Luís Carlos Zanin, de 57 anos, ele teria uma dívida de aproximadamente R$ 310 em um mercado local.
Como consequência, Zanin teria sido abordado e agredido pelo proprietário do estabelecimento, no último dia 3. A cena teria sido, inclusive, testemunhada por algumas pessoas.
Mais tarde, o estado de saúde de Zanin piorou; ele começou a vomitar e foi levado, mesmo contra sua vontade, ao Hospital de Clínicas de Passo Fundo. Infelizmente, antes de passar por exames, o homem não resistiu e faleceu.
Com a repercussão do caso, o proprietário do mercado se apresentou voluntariamente à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Passo Fundo para prestar seu depoimento, negando o fato.
Em entrevista à Rádio Planalto, a delegada titular da DHPP, Daniela de Oliveira Minetto, esclareceu o resultado do laudo pericial.
“O perito constatou que as lesões eram superficiais e que não causaram a morte da vítima. Nem as equimoses nem as fraturas dos arcos costais (02) foram responsáveis pelo óbito. Informou que se tratou de morte não violenta, de causa clínica ou natural indeterminada, já que não havia sinais macroscópicos que explicassem a causa da morte”, explicou.
O advogado de defesa do proprietário do mercado, Fabrício Lorandi Pinheiro, também se manifestou, destacando a isenção de responsabilidade do seu cliente pela morte de Zanin. (Detalhes no vídeo).
Questionada se o suspeito pode ser indiciado, a delegada explicou que, como as lesões foram de natureza leve, elas exigiriam a manifestação da vítima, o que não será possível em razão do falecimento. Agora, o inquérito policial será encaminhado ao Poder Judiciário.