Rui da Silva Leonhardt, conhecido artisticamente como Rui Biriva, foi uma das vozes mais emblemáticas da música nativista do Rio Grande do Sul. Nascido em 28 de outubro de 1958, no distrito de Esquina Eldorado, em Horizontina, Biriva deixou um legado que celebra a cultura e as tradições gaúchas.
Início de vida e carreira
Filho de pequenos agricultores de origem alemã, Rui Biriva demonstrou talento musical desde jovem. Aos 14 anos, venceu o Festival Estadual Estudantil da Canção. Mais tarde, mudou-se para o Paraná para cursar Direito na Universidade Estadual de Ponta Grossa, mas não concluiu o curso. Após uma temporada em São Paulo, retornou ao Rio Grande do Sul, onde iniciou sua carreira artística em festivais nativistas.
Ascensão musical
O nome artístico “Biriva” foi adotado após a gravação da canção “Birivas”, de Airton Pimentel, com a qual venceu o festival Seara da Canção Gaúcha, em 1982. “Biriva” é um termo regional que designa os tropeiros de gado no Rio Grande do Sul. Em 1984, conquistou a Seara da Canção Nativa de Carazinho com “Santa Helena da Serra”, composta em parceria com José Luiz Vilela.
Em 1987, lançou seu primeiro álbum, “Cantar”, pela Continental Discos. Ao longo de sua carreira, gravou 14 discos, destacando-se com sucessos como “Tchê Loco”, “Quebrando Tudo”, “Canção do Amigo” e “Castelhana”, esta última em parceria com Elton Saldanha.
Legado e falecimento
Rui Biriva faleceu em 25 de abril de 2011, aos 52 anos, em Porto Alegre, devido a complicações de um câncer no intestino grosso. Seu legado permanece vivo na música regional gaúcha, sendo lembrado por sua contribuição à cultura do Rio Grande do Sul. Seu sobrinho, Sid Biriva, também músico, continua a tradição familiar na música nativista.