“Sonhou que caminhava por um campo de girassóis que se voltavam com alegria para a luz do sol, para a luz de Deus. Ela andava por entre as flores tocando as suas pétalas e a luz era tão forte que atrapalhava a sua visão. Mas, mesmo assim, ela pode ver os futuros acontecimentos da sua vida.” Revelado em sonho, esse futuro ultrapassou a própria vida da personalidade cuja infância ganha as páginas do livro infantil “Julinha: A Menina Girassol”.
Nascida em Cuvilly, no interior francês, no longínquo 1751, Marie Rose Julie Billiart seria, anos à frente, a mãe espiritual de uma congregação religiosa que, em 2014, está presente em 19 países. Sob o Carisma de “proclamar a bondade de Deus e Seu amor providente”, a Congregação das Irmãs de Nossa Senhora leva a cinco continentes a espiritualidade e os valores de Júlia, declarada como santa, em 1969, pela Igreja Católica.
Através de uma escrita amorosa, cuidadosa, sensível e cativante – adjetivos emprestados pela diretora do Colégio Notre Dame Rainha dos Apóstolos (São Paulo), Ir. Elena Bini, na apresentação da obra -, a autora, Tânia Veiga Judar, narra os primeiros anos de vida da Santa. “É a história de uma criança para crianças, mas que tem um nome próprio e que se tornou referência para crianças, jovens e adultos”, afirma a Superiora da Província da Santa Cruz, das Irmãs de Notre Dame, Ir. Araci Ludwig.
O amor incondicional a Deus, a doação, a determinação e a bondade estão explícitos no livro, ilustrado por Bruno Auriema. Pois, com essas virtudes Julinha respondeu aos desafios de sua época e enfrentou situações que a fizeram ser admirada e seguida, ainda na juventude. Retratados, esses valores servem de motivação aos leitores. “Bons livros transmitem conhecimento, pois permitem que uma geração mostre às futuras o que os homens de sua época desenvolveram. Desta forma, eles também inspiram e é isso que faz o livro de Tânia Veiga, quando nos aproxima dessa história.”, afirmou a Coordenadora da Rede de Educação Notre Dame, Ir. Elci Favaretto.
É com a propriedade de quem vivenciou a educação com base nos princípios preconizados por aquela que foi a “menina girassol” e dedicou-se, desde a infância, a ensinar e a catequizar que Tânia Veiga escreve. Afinal a autora foi aluna do Colégio mantido em São Paulo pela Rede de Educação Notre Dame.
Na manhã desta sexta-feira (26), ela voltou a um Colégio Notre Dame para o lançamento da obra literária. A solenidade, realizada no auditório da primeira instituição de ensino fundada pela Congregação no Brasil, o Colégio Notre Dame Passo Fundo, foi prestigiada pela Superiora Geral da Congregação de Notre Dame, Ir. Mary Kristin Battles, que está no país em visita formal. Ela salientou o papel evangelizador da obra. “O Papa Francisco nos estimula a encontrar novas formas de evangelizar e este é um grande exemplo de como fazê-lo”, afirmou.
Durante a tarde, a autora encontrou-se com estudantes do Colégio Notre Dame, da Escola Notre Dame Menino Jesus e da Escola Notre Dame Santa Isabel.