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São Francisco de Assis: MPRS denuncia 21 pessoas por golpe do falso consórcio com prejuízo de R$ 1,8 milhão

Reprodução: MPRS

O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) apresentou, na quarta-feira, 17 de dezembro, denúncia contra 21 pessoas por dois crimes de estelionato ocorridos em São Francisco de Assis, além de associação criminosa armada e crime contra as relações de consumo. A promotora de Justiça Carolina Reinheimer aponta que as fraudes causaram prejuízo superior a R$ 1,8 milhão e faz alerta sobre o golpe do falso consórcio, que também é investigado em outras comarcas.

De acordo com a denúncia, os estelionatos foram praticados pelos denunciados por intermédio de empresas de Passo Fundo entre julho e novembro deste ano, por meio de propostas fraudulentas que prometiam contemplação rápida em consórcios. As vítimas foram induzidas a realizar pagamentos sucessivos, apresentados como “entrada” ou “lance”, acreditando que cada depósito garantiria liberação imediata da carta de crédito. Em um dos casos, os prejuízos ultrapassaram R$ 1 milhão. O MPRS também descreve uma associação criminosa armada com atuação estável e permanente, utilizando empresas para dar aparência de legalidade ao golpe. A investigação revelou ainda apreensão de armas de fogo e munição em residências de integrantes, além de escolta dos acusados por viatura da Brigada Militar, fato que reforça a gravidade da organização.

ALERTA

O MPRS faz alertas sobre publicidade enganosa direcionada a consumidores, caracterizando crime contra as relações de consumo, além do surgimento, em número cada vez maior, de pessoas prejudicadas pelos criminosos. “Esta denúncia abrange apenas os fatos ocorridos em São Francisco de Assis. Há outros estelionatos sendo apurados em comarcas diferentes, com uma estimativa de R$ 30 milhões de prejuízos, no entanto, o golpe é o mesmo: promessa de contemplação rápida em consórcios, exigindo pagamentos antecipados. Após a deflagração da operação Consortium II pela Polícia Civil, surgiram novas vítimas de outras cidades relatando prejuízos. É fundamental que as vítimas procurem a polícia e denunciem. Isso ajuda a responsabilizar os envolvidos e a evitar novos crimes”, afirmou a promotora Carolina Reinheimer.

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