Para muitos, a vigésima terceira edição da Seara foi histórica em Carazinho/RS, especialmente pelo elevado nível das músicas que subiram ao palco neste ano de 2024. Além de celebrar a música e demais aspectos da cultura do Rio Grande do Sul, o festival também procurou dar atenção à cidadania.
Foi assim mais uma vez com o Ingresso Solidário, agora uma tradição da Seara da Canção Gaúcha. O festival não tem cobrança de ingresso e o público era convidado a fazer a doação de 1kg de alimento não-perecível por noite de programação para assistir as atrações do evento. A iniciativa teve início em 2022, continuou em 2023 e alcançou neste ano cerca de 2 mil quilos arrecadados.
– “O foco principal da Seara é a música, mas não custa nada também contribuirmos com a cidadania
e a solidariedade. Por isso, queremos agradecer a todos que pensaram em quem precisa e fizeram
suas doações”, pontua Marlon Britto, presidente da Associação Seara de Arte e Cultura Gaúcha,
entidade que realiza o festival nativista.
As doações foram encaminhadas para a Secretaria de Desenvolvimento Social de Carazinho, que faz a destinação para projetos e famílias necessitadas. “A Seara foi um belíssimo espetáculo, um grande evento para nossa cultura, e ver que junto estava a preocupação com pessoas necessitadas e que o público abraçou essa causa mais vez é um orgulho para Carazinho”, destaca Andréia Schmitz, primeira-dama de Carazinho e que ocupava o cargo de secretária de Desenvolvimento Social
quando os alimentos foram entregues para a Secretaria.
Outra ação de cidadania da Seara foi o Leilão Solidário. Todo ano, uma obra de arte ilustra o tema do festival e em 2024 o renomado artista plástico Mauro Vila Real pintou a obra “Semeando Novas Histórias”. Pelo segundo ano consecutivo, o quadro foi adquirido por uma empresa e doado ao festival, que, como forma de contribuir com a comunidade de Carazinho, realizou um Leilão Solidário. A obra foi arrematada pela seareira Raquel Beatriz Nienow por R$ 2.000,00, valor que a Associação
Seara de Arte e Cultura Gaúcha doou para a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Carazinho. A imagem ilustrada no quadro retrata a realidade da minha família, que trabalha com a agricultura.
