Por Dilerman Zanchet
Sou gaúcho de alma e coração!
Não por acaso, mas por destino. Carrego comigo a bravura de um povo que aprendeu a sofrer sem se curvar, que resistiu às injustiças do Império e aos desmandos de políticos que tantas vezes traíram a confiança popular.
Ser gaúcho não é apenas nascer no Rio Grande do Sul. É viver em um estado de graça. É trazer dentro do peito a chama da tradição, seja usando lenço branco ou vermelho, bombacha larga ou justa, ou até mesmo calça jeans. O que importa não é a forma — é o amor, o respeito e a entrega ao Rio Grande. Quem assim sente, é gaúcho.
O tempo tentou prender nossa cultura em regras rígidas: “esse nó de lenço não serve, esse chapéu não pode, esse costume precisa mudar”. Mas tradição não se engaiola. Ela respira, renasce, se reinventa. A juventude que hoje parece distante logo encontrará novamente o caminho da chama que nunca se apaga.
Ser gaúcho é compreender a história: saber por que Bento peleou, entender o que inflamou a Revolução Farroupilha. É lembrar que escravos também lutaram conosco, que índios empunharam a lança ao nosso lado e que a Revolução Federalista ecoou no sangue de homens e mulheres que não aceitavam a submissão.
E neste 20 de Setembro, data em que a bandeira farroupilha tremula mais forte, nós, do Projeto Do Rio Grande ao Pantanal, levamos adiante essa herança. Cruzamos terras e fronteiras para mostrar, a cada pedaço do Brasil, que o Rio Grande é mais que geografia — é cultura, música, história e paixão.
Ser gaúcho é ter o coração no compasso da milonga, é sentir o cheiro do churrasco e o gosto do mate compartilhado. É olhar para o horizonte do pampa e enxergar liberdade.
Esse é o meu Rio Grande, tchê!
Viva o 20 de Setembro. Viva o Rio Grande do Sul. Viva o espírito gaúcho que habita em cada um de nós!