Dermatologistas utilizam medicações imunobiológicas com alta eficácia em casos graves da doença.
O cuidado com a pele tem ido muito além das questões estéticas e está se tornando, cada vez mais, uma questão de prevenção à saúde. Isso acontece porque as pessoas estão atentas a sinais como manchas e irritações que podem ser um alerta de que algo precisa ser investigado. No Hospital São Vicente de Paulo existe um serviço que é referência em diversos tipos de atendimentos dermatológicos, entre eles, o tratamento da psoríase.
Mas você sabe o que é a psoríase? Para explicar como ela se manifesta, quais são os tipos e os tratamentos mais inovadores, nós conversamos com as dermatologistas Laura Zambonato Costamilan, Elisângela Welter e Gilvana Bonella. As médicas salientam que trata-se de uma doença imunomediada sem cura, relativamente comum e não contagiosa, em que o sistema de defesa acaba atacando a própria pele.
A psoríase afeta pessoas de qualquer idade, com predisposição genética, e se caracteriza basicamente por meio de manifestações cutâneas, com aparecimento de manchas avermelhadas ou a descamação da pele. “Os sinais da psoríase aparecem distribuídos nos cotovelos, joelho, umbigo, costas, mãos, pés ou face. Também existem tipos que afetam o couro cabeludo, as unhas e as áreas de dobras, como axilas, virilhas, glúteos, seios e região genital. O tipo mais comum são as lesões em placas que a gente chama de eritematosa descamativa, que trazem um grande desconforto e podem provocar coceiras. Nos quadros mais graves existe a chance do acometimento de outros órgãos, como as articulações, o coração, os olhos e o intestino”, destacou a Dra. Laura.
O diagnóstico da doença é feito de forma clínica, ou seja, examinando e conversando com o paciente. Em alguns casos existe ainda a necessidade da realização de uma biópsia, onde retira-se um fragmento da pele para ser analisada. “É importante que o diagnóstico ocorra de forma rápida para que o tratamento seja instituído de acordo com o grau da psoríase. Por isso, pedimos aos clínicos gerais e dermatologistas de toda a região que entrem em contato conosco para que possamos fazer o encaminhamento de novos casos. Eles estão convidados a acompanharem, junto da nossa equipe, a evolução e as técnicas adotadas para o tratamento de seus pacientes no HSVP”, convidou a Dra. Gilvana.
A escolha do tratamento, depende da extensão da doença no paciente, podendo ser feito com produtos aplicados diretamente na pele, fototerapia, via oral e injetável. O Centro de Infusão Imunobiológico, do setor de Oncologia da Unidade Uruguai do HSVP, é referência em tratamentos com terapia infusional. “No hospital atendemos casos graves utilizando medicações imunobiológicas que, hoje, são terapias alvos em psoríase. Toda a aplicação é supervisionada para agir em pontos específicos da inflamação e gerar menos efeitos adversos. Felizmente, são novidades que não existiam anteriormente e que, agora, podemos oferecer para devolver a qualidade de vida do paciente. Diante disso, queremos conscientizar a população sobre essa doença e reforçar que temos disponível em Passo Fundo a indicação mais intensa e eficaz para o tratamento da psoríase”, informou a Dra. Elisângela.
A orientação para quem tem sintomas de psoríase é de não realizar automedicação e procurar atendimento médico. Mais informações no Centro de Infusões da Unidade Uruguai do HSVP pelo telefone (54) 3045 2000. No momento, o tratamento da doença está disponível aos pacientes de convênios ou particulares.
Créditos: Ana Paula Koenemann – Comunicação HSVP Passo Fundo