Grupo Planalto de comunicação

Sessão tumultuada na Câmara de Vereadores

PT, PDD e PDT pedem para que Executivo retire a Emenda que pode extinguir com dois cargos da Prefeitura Municipal

 

Entre vaias e aplausos, vereadores realizaram a Sessão Plenária na tarde desta quarta-feira, dia 27, em meio a tumulto e protestos de vigilantes e serventes municipais que acompanhavam na Câmara Municipal de Vereadores. Com repúdio e indignação, dezenas de servidores tentaram impor pressão aos representantes do Legislativo. Tudo começou quando houve a informação de que o projeto que prevê a extinção de alguns cargos do quadro de servidores poderia estar na pauta para votação.

O documento apresentado pelos vereadores inclui uma emenda que garantiria, mesmo com a extinção do cargo, todos os direitos para aqueles servidores que estariam ainda na ativa e também na sua aposentadoria.

O vereador Paulo Neckle (PMDB) informou que houve uma reunião com o prefeito Luciano Azevedo, para entender melhor a ideia e acrescentar alguns pontos.  “Estaremos sempre ao lado dos servidores, mas infelizmente acontecem algumas coisas que uns concordam e outros discordam, mas vamos analisar detalhadamente e chamar o Sindicato para que possamos discutir mais sobre o assunto”, revelou.

Mesmo concordando que não haverá nenhum dano aos servidores atuais, o vereador Sidnei Avila (PDT) enfatizou que o projeto tem a intenção de reduzir o índice da folha de pagamento, mas vem sobre a classe mais judiada e oprimir aqueles que já estão oprimidos. “Os piores postos de trabalho estão dando aos vigilantes. Estão colocando eles nas praças sem nenhuma estrutura de trabalho, mas deixam desguarnecidas as escolas. Sabemos que o custo vai dobrar, pois o serviço terceirizado é mais caro, isso é uma desilusão e não podemos fazer com que a comunidade engula isso como se fosse normal”, desabafou.  

Por sua vez, Paulo Pontual (SDD), também se mostrou em favor dos servidores, e alegou que não se pode admitir que a justificativa para a diminuição dos gastos recaia sobre o servidor publico. Segundo ele, é a terceirização.

O valor com os gastos de um serviço terceirizado apontado pelo vereador Isamar Oliveira (PDT), pode custar aos cofres municipais R$ 6.600,00, já o vigilante do quadro, recebe R$ 1.780,00 com todos os encargos. “Os direitos desses servidores já estão garantidos e aqueles que foram adquiridos não se tira”, finalizou. Isamar também exibiu um vídeo onde o prefeito Luciano Azevedo, em suas falas de campanha, prometeu contribuir para a melhoria nos quadros de vigilantes e serventes, como risco de vida, uniformes e mais contratações.

Antes do final da Sessão, o vereador Márcio Patussi (PDT), solicitou ao vereador Alex Necker (PCdoB), que é a liderança do Governo Municipal na Câmara,  para que encaminhe um pedido de retirada do projeto da Câmara ao prefeito Luciano Azevedo. Representantes do PDT, SSD e PT concordaram com a decisão.

De acordo com o presidente do Simpasso, Marcelo Ebling, a mobilização dos servidores prova que a categoria está unida e que a única coisa que necessitam é de condições dignas de trabalho e que as promessas de campanha sejam cumpridas. “Vamos ficar acampados em todas as sessões, até que haja a desistência de votação e o projeto seja retirado da Câmara de Vereadores”, informou.

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