Nesta terça-feira, o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) reúne os médicos credenciados ao IPE-Saúde, em Assembleia Geral Extraordinária, para definir se continuam ou não paralisados.
Desde o dia 10 de abril, os profissionais iniciaram o movimento que busca reverter o congelamento de 12 anos nos honorários médicos e de procedimentos hospitalares, uma defasagem que reflete na desvalorização da categoria e vem resultando no desinteresse dos médicos em continuar atendendo pelo plano.
Nesta última semana, a diretoria do Simers teve um encontro com secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos, e várias propostas foram apresentadas pelo sindicato, como o reajuste maior nos códigos mais defasados, a alternativa de o usuário escolher o seu médico — independentemente de ele ser credenciado ou não, além da possibilidade de aumento da coparticipação nas consultas e cobrança da modalidade nos procedimentos hospitalares.
Já o governo estadual sugeriu um aporte de cerca de R$ 200 milhões, além dos atuais R$ 140 milhões atualmente recebidos, para repor a defasagem nos honorários médicos.
O presidente do Simers, Marcos Rovinski, ressalta que o objetivo da AGE é levar ao conhecimento dos participantes todas as negociações e encontros realizados com os agentes políticos responsáveis pela autarquia, para tratar sobre o projeto que o governo vai encaminhar à Assembleia Legislativa, ainda no mês de maio, buscando a reestruturação do IPE-Saúde.
“Se o projeto for votado como está, os cerca de R$ 140 milhões destinados ao reajuste dos honorários médicos ainda são aquém do necessário para garantir uma valorização de acordo com a responsabilidade dos profissionais. Sem falar que não sabemos como serão alocados esses recursos, qual a forma e padrão que será usado para majorar procedimentos, por exemplo. Por isso, vamos ver qual a ação que os médicos credenciados vão decidir”, ressaltou Rovinski.
Fonte: Rádio Guaíba