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Sobre o Amor

 

Repercutimos, nesta coluna, uma reflexão muito densa e interessante sobre
o amor, publicada no site
www.neipies.com por ocasião do dia dos Namorados, de autoria da professora e filósofa
Cecília Pires.

 

Segue
a reflexão.

 

 

“O amor não precisa de um dia
especial. Ele é celebrado na vida, enquanto ela acontecer. Amar é conferir
sentido ao mundo que compreendemos e construímos. É por isso que o amor traz à
tona significados ainda não presentes.

 

Na experiência do amor, não há
lugar para preconceitos. As atitudes discriminatórias funcionam com uma espécie
de caixas em que as pessoas são colocadas, ou como um coador em que são retidos
os elementos que não interessam aos preconceituosos.

 

 

Há momentos em que se faz
necessário exercitar a rebeldia, para afirmar o lugar do amor e descontinuar
entendimentos corrosivos entre os humanos. O amor busca como meta a felicidade
que se associa à liberdade, na afirmação da experiência amorosa.

 

Nem sempre em nossas contingências
conseguimos o tempo suficiente para nos entendermos como seres do amor. Até
porque o amor não é tangível, não é tátil, não é uma coisa a ser adquirida. Ele
é experienciado no mundo dos afetos, como um sentimento que nos toca na
interioridade mais profunda. Este é o sentido de transformação que o amor
produz na vida das pessoas.

 

E, sobretudo pela sua gratuidade, a
celebração do amor requer quase uma liturgia própria, uma ritualização
compreensiva de sonhos, desejos, projetos, cuidados, saberes e acolhida. Amar é
cuidar de modo singular. É por isso que amamos com muita intensidade e
generosidade.

 

Somos
sujeitos que temos capacidade de amar, porque construímos significados na
vivência do amor. Não amamos por recursos à retórica, ou por dedução lógica,
nem por ritos programados, mas porque somos inclinados a captar a essência do
amor como um ato humano de dignidade e de liberdade.

 

 

Conseguimos, portanto, dimensionar
a amplitude do amor, que não se reduz simplesmente a uma troca de emoções
entusiasmadas, mas porque reconhecemos no conforto que o amor produz entre os
humanos, a solenidade de uma proteção efetiva, uma proteção de alma, tal como a
pele protege os ossos.

 

Essa proteção é experimentada pelos
que aceitam viver a experiência de acolhida e de cuidado, em que o amor realiza
sua celebração de forma ímpar. Amar é derramar a alma em sua exuberância. É por
isso que o amor é uma celebração que acontece além de determinações. É força
vital.

 

FONTE:
https://www.neipies.com/sobre-o-amor/

Autora:
Cecilia Pires

 



 

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