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Suposta injúria racial no Beira-Rio pode paralisar Gauchão

O presidente do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD), Roberto Leite Pimentel, afirmou nesta segunda-feira que o Gauchão pode ser suspenso por conta do caso de uma suposta injúria racial cometida contra o lateral Fabrício, durante o jogo entre Inter e Ypiranga no estádio Beira-Rio. 

“No momento, não recebemos a denúncia da procuradoria. A partir deste recebimento, nós teríamos que analisar o pedido de tutela antecipada ou de suspensão do campeonato. Um eventual julgamento projeta uma perda de pontos e a não realização da competição. A acusação não foi formulada e a notícia que tenho é apenas de um possível movimento da procuradoria”, afirmou Pimentel em entrevista à Rádio Guaíba.  

O resultado de um eventual julgamento poderia até alterar cruzamentos das quartas de final do Gauchão, prevista para ocorrer nesta quarta e quinta-feira. Uma vez punido, o Inter sairia da competição, conforme Pimentel. “Neste momento inicial, vamos nos fixar na solicitação procuradoria. Nós temos por hábito, e isso é natural da justiça desportiva, de dar objetividade ao processo, até pela proximidade dos jogos. O enfrentamento dos pedidos é feito com objetividade, com rapidez”, acrescentou.

Na semana passada, o torcedor Vinícius Paixão, de 27 anos, negou que tenha chamado Fabrício de “macaco”. “Eu tenho 27 anos, sou sócio do Inter e frequento o Beira-Rio desde 1993. Sou fanático, mas sei respeitar o outro. Assim como o estádio inteiro ficou irritado, eu xinguei ele com vários nomes que não posso falar aqui, mas naquele momento do vídeo é c… Se vocês analisarem o vídeo da transmissão do jogo fica claro, fiquei até surpreso quando vi que até a imprensa interpretou de outra forma”, afirmou em entrevista à Rádio Guaíba. 

O torcedor acabou sendo denunciado pelo jornalista Luciano Potter. Em contato com a Rádio Guaíba, Potter explicou que já sofreu ameaças por conta da denúncia. O procurador do TJD Alberto Franco também teve as mídias sociais invadidas e também sofreu ameaças.

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