O Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Porto Alegre, confirmou um surto de COVID‑19 entre pacientes internados por outros motivos clínicos. A situação começou a ser monitorada a partir de 16 de agosto, quando os primeiros casos foram identificados dentro da instituição. Até o início de setembro, mais de 60 pessoas testaram positivo para o vírus.
A maioria dos pacientes infectados estava internada em diferentes setores do hospital por enfermidades diversas e não apresentava sintomas gripais no momento da admissão. O pico de contaminações ocorreu na última semana de agosto, quando cerca de 40 pacientes estavam com diagnóstico confirmado. Com a adoção de medidas de contenção, esse número foi reduzido para 11 pacientes ainda internados com COVID‑19.
Um dos casos evoluiu para óbito. A vítima foi um idoso não vacinado, que faleceu em 28 de agosto em decorrência de complicações da doença.
Diante da situação, a direção do hospital reforçou os protocolos de segurança. Entre as medidas adotadas, está a limitação de visitas: agora, cada paciente pode receber apenas um visitante por dia. O uso de máscaras voltou a ser obrigatório em todas as áreas de internação, e foi solicitado que pessoas com sintomas respiratórios evitem entrar na instituição. Além disso, os pacientes diagnosticados com o vírus foram remanejados para áreas de isolamento, garantindo a continuidade dos atendimentos nas demais alas.
Apesar da gravidade do surto, o hospital não precisou fechar setores nem reduzir o número de leitos. As autoridades sanitárias seguem acompanhando o caso.
O cenário também reacende o alerta para a baixa cobertura vacinal em Porto Alegre. Apenas cerca de 60% da população está com o esquema vacinal completo contra a COVID‑19, número bem abaixo da meta de 90% considerada ideal pelos especialistas.
Ainda não foi identificada a variante exata responsável pelos casos no hospital. No entanto, subvariantes da linhagem Ômicron continuam circulando no país e têm se mostrado altamente transmissíveis, embora com menor agressividade em comparação a cepas anteriores.
A orientação das autoridades de saúde é clara: manter a vacinação em dia, adotar medidas preventivas e redobrar os cuidados, especialmente em ambientes hospitalares e fechados, é essencial para evitar novos surtos.