Uma menina de nove anos que estava desaparecida desde a tarde de terça-feira (25) foi encontrada na manhã desta quarta-feira (26) em Tramandaí, no Litoral Norte. A criança havia saído para brincar em uma praça no bairro Parque dos Presidentes por volta das 16h e não retornou para casa. O desaparecimento mobilizou a família, vizinhos e autoridades, que iniciaram buscas ainda na noite de terça-feira.
A menina foi localizada amarrada nos fundos de um estabelecimento comercial na mesma região onde havia desaparecido. O local, segundo informações preliminares, pertenceria ao principal suspeito do crime. O resgate ocorreu após moradores desconfiarem de movimentações estranhas no endereço e acionarem a polícia.
Resgate e primeiros atendimentos
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o momento em que populares entraram no local e encontraram a menina. Nas imagens, a criança aparece visivelmente abalada e relatando ter sido vítima de violência. Assim que foi resgatada, ela recebeu os primeiros atendimentos da Brigada Militar e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), sendo encaminhada em seguida para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município.
A Brigada Militar isolou a área e a Polícia Civil assumiu as investigações. O suspeito chegou a ser socorrido ainda com vida, mas morreu enquanto era atendido por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A ficha criminal dele acumulava registros por feminicídio, tráfico de drogas, furto a veículo, crueldade contra animais e lesão corporal.
Tensão no local e desdobramentos do caso
Durante a ação da polícia, a situação ficou tensa no bairro. Revoltados com o crime, alguns moradores atiraram pedras contra os policiais e agentes de segurança, dificultando o trabalho das autoridades. A Brigada Militar reforçou o efetivo na área para evitar tumultos e garantir que a investigação ocorresse sem interferências.
O caso segue em investigação pela Polícia Civil, que busca entender a motivação do crime e se há outros envolvidos. O suspeito permanece sob custódia no hospital e, após receber alta, deverá prestar depoimento.
A criança segue recebendo acompanhamento médico e psicológico, e o Conselho Tutelar foi acionado para oferecer apoio à família.