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Teixeirinha, “O Rei do Disco”, completaria 98 anos de idade neste 3 de março Conheça a história de um dos maiores artistas do cancioneiro gaúcho

Foto: Divulgação

O 3 de março é um dia muito especial para os gaúchos. Hoje, se estivesse vivo, Teixeirinha faria 98 anos de vida.

Vitor Mateus Teixeira, o Teixeirinha nasceu em 3 de março de 1927, no então distrito de Rolante, que na época pertencia ao município de Santo Antônio da Patrulha no Rio Grande do Sul.

A família do Teixeirinha era composta pelo seu pai, Saturnino Teixeira, que era trabalhador rural, sua mãe Ledurina Mateus Teixeira, e seus irmãos. Quando tinha apenas sete anos de idade, seu pai morreu, e seus irmãos foram entregues para adoção.

Dois anos depois da morte de seu pai, com seus nove anos de idade, enquanto estava na escola, sua mãe Ledurina, que sofria de epilepsia, estava queimando lixo em uma fogueira e desmaiou repentinamente depois de sofrer uma convulsão, logo caiu sobre a fogueira, três dias depois, faleceu devido as graves queimaduras em sua pele.

A morte de sua mãe o inspirou a fazer a música “Coração de Luto”, escrita por ele, que foi regravada por vários músicos, entre eles, Milionário e José Rico com uma roupagem mais próxima da música sertaneja.

Depois do falecimento de sua mãe, Teixeirinha (agora órfão) foi morar temporariamente nas casas de seus parentes, porém, nenhum deles havia dinheiro para poder sustentar o artista, devido a isso, ele foi desbravar novos horizontes. Então, saiu de casa e passou por diversas cidades, entre elas: Passo Fundo, Santa Cruz do Sul e Porto Alegre.

No pouco tempo que frequentou a escola, aprendeu a ler e fez poucos trabalhos eventuais e subempregos para se sustentar, alguns deles foram trabalhar em fazendas e entregar jornais. Alistou-se no Exército Brasileiro aos 18 anos, porém, não serviu. Então, durante 6 anos, foi trabalhar como operador de máquinas no Departamento Autônomo de Estradas e Rodagem. A partir disso, saiu para começar sua carreira artística, viajando pelas cidades de Lajeado, Estrela, Rio Pardo, Santa Cruz do Sul e cantando nas estações de rádio locais.

Teixeirinha então, conheceu Zoraida Lima, em Santa Cruz do Sul, com quem se casou em 1957. Eles se mudaram para Soledade e depois para Passo Fundo, onde Teixeirinha cantou na Rádio Municipal. As horas vagas, era chamado para animar festas, Teixeirinha cantava muitas vezes enquanto os artistas que iriam se apresentar, ainda não chegavam.

Sobre a carreira artística

Sua carreira artística foi muito movimentada, pois durante três anos cantava nas estações de rádios. No ano de 1959, recebeu um convite para gravar um disco, em São Paulo, onde ele produziu a obra “O Gaúcho Coração do Rio Grande”, o primeiro álbum de muitos, que foi lançado um ano depois (1960). Ainda em São Paulo, gravou as belíssimas canções “Xote Soledade” e “Briga no Batizado”. Em julho do mesmo ano, lançou “Coração de Luto”, que fez parte do lado B do disco de 78 rotações que também acompanhava a música “Gaúcho de Passo Fundo”, no lado A.

Na década de 70, a carreira de Teixeirinha alcançou projeção nacional e internacional, cantou em diversas cidades brasileiras e fez turnês para a Espanha, Portugal e vários países da América do Sul, sem contar dos 15 shows que fez nos Estados Unidos em 1973, e os 18 shows no Canadá, em 1975.

Mesmo com o sucesso nacional e internacional que teve, pela crítica, o gosto do artista era de muito “mau gosto”, e foi acusado de aproveitar a morte da sua mãe para ganhar fama. Em 1970, durante uma transmissão ao vivo do programa “A Grande Chance”, da extinta Rede Tupi, o apresentador Flávio Cavalcanti quebrou os LPs (discos) de Teixeirinha em pleno palco.

Teixeirinha foi recordista de vendas de discos no Brasil, sendo que, até 1983, havia lançado mais de 50 álbuns e composto por volta de 1.200 canções. Registros oficiais afirmam que Teixeirinha vendeu mais de 18 milhões de discos. Até sua morte, Teixeirinha recebeu 13 discos de ouro.

Como ele morreu?

Teixeirinha chegou a fazer sessões de radioterapia em São Paulo, mas o tumor nas glândulas linfáticas se agravou. Faleceu em sua casa, em 4 de dezembro de 1985. Deixou sete filhas e dois filhos: Sirley Marisa,com Idalina Silva. Liria Luiza e Victor Mateus Teixeira Filho Com Maria Ezi Pereira. Nancy Margareth, Gessi Elizabeth; Fátima Lisete e Márcia Bernadeth, com Zoraida Lima Teixeira, e Alexandre e Liane Ledurina com Mary Terezinha. Seu corpo foi sepultado no Cemitério da Santa Casa de Misericórdia, em Porto Alegre. Todos os detalhes de seu funeral foram especificados na canção “A Morte Não Marca Hora”, lançada em 1984. Em seu túmulo, Teixeirinha foi homenageado com uma estátua dele com seu violão, conforme seu desejo expressado nessa música. Em Passo Fundo, Teixeirinha também foi homenageado com uma estátua.

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