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Trabalhadores acolhidos em Passo Fundo após condições análogas à escravidão na Serra Gaúcha embarcam para Salvador

Dois homens passaram cerca de um mês no albergue de Passo Fundo e receberam ajuda financeira e jurídica 

O retorno da esperança, assim foi caracterizada a viagem de dois homens que fugiram da Serra Gaúcha após estarem em condições análogas a escravidão. O momento marcante ocorreu no início da tarde dessa segunda-feira (13), onde embarcaram de Passo Fundo rumo a Salvador na Bahia, sua terra natal. 

Ambos passaram cerca de um mês na casa de passagem em Passo Fundo onde receberam ajuda financeira e jurídica pela advogada Andreia Tavares. Antes mesmo da fiscalização do Ministério Público do Trabalho chegar até a empresa, eles conseguiram fugir do local e procuraram o Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) de Bento Gonçalves. Onde conseguiram passagens até Passo Fundo e foram orientados a procurar o albergue do município.

Em conversa com a reportagem da Planalto News, a advogada Andreia Tavares destacou que eles estavam muito ansiosos por este momento. “Tentamos prestar toda ajuda possível neste momento de instabilidade. Estamos monitorando a questão do FGTS que não foi pago e entramos com ações para que isso ocorra. Estavam muito felizes com o retorno”, salientou Tavares. 

Os trabalhadores de 43 e 44 anos estavam na empresa de aves do grupo Oliveira e Santana, uma das investigadas por manter mais de 200 trabalhadores em condições análogas a escravidão. Conforme destacou o MPT, o valor repassado a cada trabalhador pode chegar, em média, a R$ 29,5 mil, o que não impede o ajuizamento de ações trabalhistas individuais pelos próprios resgatados em face das vinícolas e da empresa Fênix.
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