O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, reuniu-se nesta quinta-feira (4) com o ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, e o comissário de Saúde e Bem-Estar Animal da União Europeia (UE), Olivér Várhelyi, em videoconferência. No encontro, o comissário anunciou oficialmente que o bloco reconheceu o Brasil como país livre de gripe aviária, decisão que permite a retomada das exportações de carne de frango para os Estados-membros.
Fávaro lembrou que, em julho, já havia tratado do tema com Várhelyi, após a suspensão das vendas brasileiras em razão de um foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) registrado em maio. Ele destacou que auditoria realizada pela Direção-Geral de Saúde e Segurança Alimentar da UE, em abril, havia concluído que o sistema sanitário brasileiro é “robusto e transparente”.
Segundo o comissário, as informações adicionais enviadas pelo Ministério da Agricultura confirmaram a segurança sanitária do país. “Ministro Fávaro, tenho boas notícias: os dados fornecidos foram suficientes para reconhecer que o Brasil está livre da influenza aviária. Na prática, avançaremos para propor o levantamento gradual das restrições, restabelecendo progressivamente todas as áreas previamente habilitadas”, disse Várhelyi.
Com o anúncio, Fávaro pediu novos avanços, como a retomada do pre-listing, que dispensa auditorias adicionais para habilitar empresas exportadoras, e o fim do controle reforçado, regime que impõe inspeções extras a produtos agropecuários brasileiros. “Agora que o status sanitário foi reconhecido, o próximo passo é a retomada do pre-listing e a retirada do controle reforçado, medidas que tornarão o comércio mais ágil e eficiente”, afirmou.
O comissário europeu garantiu prioridade ao tema e disse esperar apresentar o resultado da votação entre os Estados-membros “nas próximas semanas”. Já o ministro da Pesca, André de Paula, solicitou o envio de uma auditoria da UE a frigoríficos de pescado no Brasil, para viabilizar também a retomada das exportações do setor.
Com o reconhecimento europeu, o Brasil reforça sua posição estratégica no agronegócio e avança na consolidação do setor produtivo no mercado internacional.










