O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou que foi solicitada a exclusão de centenas de contas em redes sociais que fizeram publicações com hashtags relacionadas a ataques contra escolas.
A informação integra um balanço do oitavo dia da Operação Escola Segura. Segundo ele, houve:
- Solicitação de exclusão de 270 contas do Twitter.
- Conteúdos e autores de publicações relacionadas a ataques investigados.
- Busca e apreensão de 7 armas.
- Prisão de suspeito.
- Solicitação de remoção de duas contas do TikTok.
Segundo o ministro, representantes do governo devem se reunir já na próxima segunda (10) com representantes das plataformas. A ideia é pedir que os sites apliquem a esses grupos que organizam e incentivam atos de violência o mesmo rigor que, hoje, já existe para crimes como pedofilia.
“Nós vamos nessa [próxima] semana conduzir reuniões para que as plataformas sejam chamadas a terem mais cuidado, chamado o dever de cuidar. Nós temos o debate no Congresso, nós acreditamos na responsabilidade ou na autorregulação”, disse ao Conexão Globonews.
Dino afirmou que as plataformas têm como estender ao crime de violência nas escolas a mesma firmeza que aplicam a outros crimes.
“Assim como as plataformas atuam de modo eficiente em relação ao combate à pedofilia, por exemplo, é essencial que eles também monitorem a circulação desses outros conteúdos criminosos”, disse.
O governo criou nesta semana um grupo com representantes de diversos ministérios para desenvolver ações de combate à violência nas escolas. A reunião entre governo e plataformas digitais foi convocada após os recentes casos de massacre em escolas em São Paulo (SP) e em Blumenau (SC).
Foram dois ataques com mortes em duas semanas.
Em 27 de março, um adolescente de 13 anos atacou professores e alunos na escola em que estudava, na zona oeste da capital paulista. Uma professora, Elisabete Tenreiro, de 71 anos, morreu.
Em 5 de abril, um homem de 25 anos invadiu uma creche em Blumenau (SC). Ele matou quatro crianças, com idades entre 4 e 7 anos, e feriu outras cinco.
Fonte: G1
Foto: Agência Brasil