Na madrugada do último sábado (3), um fenômeno impressionante e histórico foi registrado na Rússia: o vulcão Krasheninnikov, localizado na isolada península de Kamchatka, entrou em erupção pela primeira vez em aproximadamente 600 anos. A explosão expeliu cinzas a mais de 6 quilômetros de altitude, cobrindo uma extensa área da Reserva Natural de Kronotsky.
Segundo o Instituto de Vulcanologia da Rússia, a erupção ocorreu por volta das 6h (horário local) e foi precedida por um forte terremoto de magnitude 8.8, registrado na costa do Pacífico, que chegou a emitir alertas de tsunami em diversas regiões.
A chefe do KVERT (Centro de Resposta a Erupções Vulcânicas de Kamchatka), Olga Girina, afirmou que esta é a primeira erupção confirmada do Krasheninnikov desde o século XV ou XVI. “Estamos diante de um evento raro. É um dos vulcões mais antigos e quietos da região”, declarou.
A área ao redor do vulcão é desabitada, o que evitou impactos diretos sobre a população. No entanto, equipes de monitoramento seguem atentas ao risco para a aviação civil, já que a nuvem de cinzas pode afetar rotas aéreas do hemisfério norte.
Ainda segundo especialistas, o terremoto pode ter servido como gatilho para a atividade vulcânica. A pressão causada pela movimentação das placas tectônicas teria reativado antigos fluxos de magma sob a crosta terrestre.
Além do Krasheninnikov, outros vulcões da região, como o Klyuchevskoy e o Bezymianny, também demonstraram aumento de atividade nos últimos dias, levantando hipóteses de um possível período de reativação vulcânica em cadeia na região do Círculo de Fogo do Pacífico.
A Defesa Civil russa segue monitorando a situação, mas até o momento não há registro de vítimas ou danos materiais.










