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Cenário político começa a se desenhar para as eleições de 2026 Partidos já articulam nomes e alianças para disputar o Planalto

Foto: Sergio Lima / AFP

Com a aproximação das eleições presidenciais de 2026, o cenário político começa a ganhar forma. As principais legendas já se movimentam para definir candidaturas, traçar alianças e ocupar o vácuo deixado pela inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), atualmente réu por tentativa de golpe de Estado. Apesar disso, Bolsonaro ainda atua como liderança influente no campo da direita e afirma que pretende se registrar como candidato, mesmo com a decisão judicial em vigor.

Segundo a última pesquisa Datafolha, divulgada no sábado (5), 67% dos brasileiros acham que Bolsonaro deveria desistir de uma nova candidatura e apoiar outro nome. Apenas 28% defendem que ele mantenha a intenção de concorrer, enquanto 5% não sabem ou não responderam. O levantamento ouviu 3.054 pessoas, com 16 anos ou mais, em 172 municípios entre os dias 1º e 3 de abril. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.

Entre os possíveis nomes apoiados por Bolsonaro, Michelle Bolsonaro (PL) lidera com 23% das preferências, seguida de Tarcísio de Freitas (Republicanos), com 21%, e Eduardo Bolsonaro (PL), com 14%. Outros nomes citados são Pablo Marçal (11%), Ratinho Junior (7%), Ronaldo Caiado (4%) e Romeu Zema (4%).

Do lado governista, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) evita confirmar se será candidato à reeleição. Internamente, o Partido dos Trabalhadores discute estratégias para manter o apoio da base aliada e o foco está, por ora, em garantir entregas de governo e consolidar apoios no Congresso. Caso Lula não dispute, nomes como Fernando Haddad e Rui Costa são cogitados como alternativas naturais.

O centro político, por sua vez, tenta se reorganizar. O PSD de Gilberto Kassab trabalha para fortalecer nomes como Ratinho Junior e Eduardo Leite. Já o União Brasil se divide entre manter alianças com a base do governo e buscar um projeto próprio. Romeu Zema, governador de Minas Gerais pelo Novo, também surge como possibilidade no tabuleiro, embora sem articulação nacional consolidada até o momento.

Enquanto isso, partidos como MDB, PSDB e Cidadania avaliam composições e federações, buscando evitar o isolamento político que enfrentaram em 2022. A busca por um “centro unificado” continua sendo um desafio, principalmente diante da polarização entre lulismo e bolsonarismo.

Nos bastidores, lideranças políticas calculam os próximos passos com base nas pesquisas, no desempenho do governo e na movimentação do Judiciário. A disputa presidencial de 2026 tende a ser marcada por novas configurações e, possivelmente, pela consolidação de figuras emergentes.

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