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Seis meses após queda de avião em Gramado, investigação segue sem conclusão Tragédia ocorrida em dezembro de 2024 deixou 11 mortos e 17 feridos

Foto: Defesa Civil RS / Divulgação

Seis meses após o trágico acidente aéreo ocorrido em Gramado, no dia 22 de dezembro de 2024, que resultou na morte de 11 pessoas e deixou outras 17 feridas, as investigações ainda não foram concluídas. A aeronave, modelo Piper Cheyenne, caiu logo após decolar do Aeroporto de Canela, colidindo com uma chaminé, atingindo uma residência e, em seguida, despencando sobre uma loja de móveis no Centro da cidade.

O caso segue sendo apurado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), que está na fase de análise técnica. Até o momento, duas hipóteses principais estão sendo consideradas: o voo controlado contra o terreno (CFIT), quando a aeronave colide com obstáculos mesmo sob controle do piloto, e a perda de controle em voo (LOC-I), caracterizada por uma mudança extrema na trajetória do avião. Ambas as situações ainda estão sendo investigadas com o apoio de uma equipe multidisciplinar formada por especialistas em fatores operacionais, humanos e materiais.

A aeronave era pilotada pelo empresário Luiz Cláudio Galeazzi, CEO da empresa Galeazzi & Associados. Ele viajava com a esposa, três filhas, a sogra, a irmã, o cunhado e duas crianças. Todos os ocupantes morreram na tragédia. Além disso, duas pessoas que estavam em uma pousada atingida pelos destroços sofreram queimaduras graves. Uma delas, a camareira Lizabel de Moura Pereira, faleceu três meses depois.

O inquérito criminal da Polícia Civil de Gramado aguarda a conclusão do laudo técnico do Cenipa para ser finalizado. O Ministério Público também acompanha o caso e deve se manifestar após o encerramento da investigação policial.

A Infraero, que administra o Aeroporto de Canela desde setembro de 2024, informou que novos equipamentos de auxílio à navegação foram instalados, como o sistema PAPI e a futura Estação Meteorológica de Superfície. No entanto, esclareceu que esses dispositivos não teriam evitado o acidente, já que ele ocorreu na fase de decolagem, quando não há atuação de sistemas terrestres sobre a aeronave.

A investigação enfrenta desafios adicionais, já que o avião não possuía caixa-preta, o que dificulta a reconstituição detalhada do que ocorreu a bordo. O Cenipa ainda não tem prazo para a divulgação do relatório final sobre a tragédia.

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