O Vice-Governador José Paulo Dornelles Cairoli, anunciou, ontem à noite, durante a abertura oficial do Seminário Voz do Campo, em Gramado, o pagamento do restante da folha de julho do funcionalismo, nessa terça-feira, dia 11. Para isso tivemos que tomar mais uma decisão dura que foi suspender o pagamento da parcela da dívida com a União, de cerca de R$280 milhões. Outros fornecedores do Estado também poderão sofrer com o atraso nos repasses. O temor do governo é que a administração federal, deixe de repassar os recursos do Fundo de Participação dos Estados dentre outros, devido ao atraso. Isso não ocorreu ainda, mesmo já tendo atrasado o pagamento da União no mês passado. Cairoli, falou sobre a situação das finanças do Estado e disse que o governo que ele integra “não veio para fazer o mesmo”. Enviamos uma série de projetos para a Assembleia Legislativa para tirar o Estado dessa situação, disse o vice-governador que é engenheiro civil e tem a experiência da vida empresarial. Ele se refere a mudança nas formas de aposentadorias, sobretudo, na instituição de um teto para evitar que o Estado viva em função do pagamento de servidores. “O teto vai valer, se os deputados da base e fora da base aprovarem para novos servidores não para quem já está trabalhando”, disse ele. Pela proposta, o futuro servidor que se aposentar vai ter um teto de R$ 4.600,00. Se quiser se aposentar com mais terá que pagar um plano complementar. Ao ser questionado pelo repórter João Altair, se essa medida não deveria ser assumida pelos demais poderes também, uma vez que somente os funcionários do Executivo estão pagando o preço da crise, com atraso de salários e com possibilidade de aposentadoria limitada, ele respondeu que infelizmente os demais poderes tem sua autonomia e que o governo não pode intervir. Hoje, 93% dos servidores ganham até R$5.100,00 mas muitos ganham muito além disso, ganham “penduricalhos” e nem incide imposto de renda, disse o vice-governador.