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O monstro da Capital: publicitário preso por feminicídio já havia matado a mãe Homem de 66 anos é investigado por homicídio; polícia questiona possível envolvimento em outros atos e motivação do crime

Ricardo Jardim, 66 anos, foi preso após deixar uma mala com parte do corpo de uma mulher no guarda-volumes da rodoviária de Porto Alegre. Ele já havia sido condenado a 28 anos de prisão pelo assassinato e concretagem da própria mãe dentro de um armário em 2015, no bairro Montserrat.

Segundo a Polícia Civil, a nova vítima seria a namorada de Ricardo, que ele teria tentado enganar usando o celular dela para evitar que o desaparecimento fosse registrado. O suspeito estava em regime semiaberto com tornozeleira eletrônica, mas era considerado foragido.

A captura ocorreu na noite de quinta-feira (4), em uma pousada na Zona Norte da capital, após análise de imagens das câmeras da rodoviária que mostraram Ricardo deixando a mala. A Justiça decretou sua prisão preventiva.

De acordo com a investigação, o suspeito tomou diversas precauções para não ser identificado, utilizando luvas, óculos, boné e máscara. No entanto, câmeras de segurança registraram sua passagem por um estabelecimento comercial na Zona Norte, quando abaixou a máscara, permitindo sua identificação.

 

O crime foi planejado de forma meticulosa. Partes do corpo da vítima foram inicialmente encontradas em sacos de lixo em outro bairro, enquanto o tronco foi deixado na rodoviária, permanecendo no guarda-volumes por 12 dias até que o mau cheiro chamasse atenção. Há indícios de que Ricardo tentou confundir as autoridades com pistas falsas e denúncias forjadas, e o crânio da vítima ainda não foi localizado.

A polícia investiga se ele agiu sozinho, o possível envolvimento em outros crimes e se existem novas vítimas. Laudos do Instituto-Geral de Perícias (IGP) devem definir a data exata do homicídio, enquanto as autoridades seguem analisando a dinâmica do caso.

Familiares da vítima relatam profundo choque e tristeza diante da situação, enquanto vizinhos lembram Ricardo Jardim como uma pessoa reservada e sem histórico de conflitos visíveis na vizinhança. Especialistas em criminalidade e comportamento também acompanham o caso, considerando a frieza e a premeditação do crime características de perfis de serial killers.

A Polícia Civil reforça a importância de denúncias e informações da população para a elucidação completa do caso, principalmente para localizar o crânio da vítima e quaisquer evidências adicionais que possam esclarecer a motivação do crime. A investigação segue em andamento, com prioridade na identificação de possíveis vítimas anteriores e prevenção de novos delitos.

Reportagem: Redação
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