Grupo Planalto de comunicação

Caso Bernardo: novo júri de Leandro Boldrini ocorre nesta segunda-feira

Nesta segunda-feira, dia 20, a partir das 9h30, o réu Leandro Boldrini será submetido a novo julgamento, no Foro da Comarca de Três Passos, no Noroeste gaúcho. A primeira sessão foi anulada, a pedido da defesa, sendo mantidas as sentenças dos demais réus.

No primeiro julgamento, Leandro Boldrini havia sido condenado a 33 anos e 06 meses de prisão.

Caso
Bernardo Boldrini tinha 11 anos quando desapareceu, em Três Passos, no dia 04/04/14. Seu corpo foi encontrado dez dias depois, enterrado em uma cova vertical em uma propriedade às margens do rio Mico, na cidade vizinha, Frederico Westphalen.

No mesmo dia, o pai e a madrasta da criança, Graciele Ugulini, foram presos, suspeitos, respectivamente, de serem o mentor intelectual e a executora do crime, com a ajuda da amiga dela, Edelvania Wirganovicz. Dias depois, Evandro Wirganovicz foi preso, suspeito de ser a pessoa que preparou a cova onde o menino foi enterrado.

Acusação
Para o Ministério Público, Leandro foi o mentor intelectual do crime. Conforme a acusação, ele e Graciele não queriam dividir com Bernardo a herança deixada pela mãe dele, Odilaine (falecida em 2010), e o consideravam um estorvo para o novo núcleo familiar. O casal teria oferecido dinheiro para Edelvania ajudar a executar o crime.

Bernardo, não sabendo do plano, aceitou ir, em 04/04/14, até Frederico Westphalen com a madrasta para ser submetido a uma benzedeira. O menino acabou morto por uma superdosagem de Midazolan, medicação de uso controlado. Seu corpo foi enterrado na cova vertical, aberta por Evandro .

Para encobrir o crime, Leandro teria feito um falso registro policial do desparecimento do menino.

Defesa
No primeiro julgamento, a defesa de Leandro Boldrini sustentou a inocência dele. Afirmou que as acusações foram feitas em cima de conjecturas e de provas falsas, e que a imprensa teria criado a imagem de “monstro” do cirurgião.

Citou o depoimento da madrasta de Bernardo, Graciele, que disse que a morte do menino teria sido acidental, e que Leandro não sabia de nada.

Sobre as alegações de que o médico seria uma pessoa fria, a defesa argumentou que o réu não é uma pessoa emotiva e que foi “criado na ponta do facão”. Os Advogados citaram declarações de testemunhas que falaram bem do relacionamento entre pai e filho.

Facebook
Twitter
WhatsApp