Considerado primeiro desafio da nova gestão do govern Eduardo Leite à frente do Piratini, o reajuste do salário dos professores vai a votação na Assembleia Legislativa na tarde desta terça-feira (04). Além de garantir o valor do piso nacional do magistério, o texto do governo traz um aumento de 9,45% para o quadro geral.
Diante da expectativa da votação, atos organizados pelo Cpers/Sindicato serão realizados pelo estado. Em Passo Fundo, a categoria estará mobilizada em ato conjunto com os professores municipais, liderados pelo CMP Sindicato, às 8h30, na Praça Teixeirinha.
Embora exista uma tendência de aprovação da proposta como texto original do Executivo, o assunto não deixa de ser polêmico, pois não atende a demandas da categoria em sua integralidade. Com a redução da base de apoio no Legislativo, nem mesmo uma improvável união entre oposições mais à esquerda e à direita pode derrubar um eventual requerimento de preferência, fazendo com que emendas dos campos sejam discutidas na tribuna. Além disso, são esperadas reações das galerias que deverão contar com presença do sindicato dos professores.
Anunciado na metade de fevereiro de 2023, depois de reuniões com a diretoria do Cpers-Sindicato, e protocolado no começo de março, trancando a pauta desde o final da semana passada por estar em regime de urgência, o PL 139/2023 garante o pagamento do piso nacional do magistério, de R$ 4,4 mil. Além disso, o governo oferece um reajuste de 9,45% na tabela do subsídio do quadro geral de professores. Na categoria de entrada no magistério estadual, o salário inicial será, caso aprovado o projeto, de R$ 4,6 mil reais para professores com licenciatura plena, de 40 horas. Segundo o governo, a estimativa é de que o reajuste gere um impacto financeiro de R$ 488 milhões por ano.
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