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Soja hoje R$ 64,00 a menos que um ano atrás

         A saca de soja, em Passo Fundo, está sendo comercializada
nessa  quarta-feira(26), a R$
125,00.  No dia 26 de abril do ano passado,
seu preço foi de R$ 189,00, ou seja,  R$
64,00 a menos por saca. Dois anos atrás, dia 27 de abril de 2021, a cotação era
de R$ 170,00. O preço mais próximo foi registrado em 27 de abril de 2020, R$ 94,00
a saca. 

                O preço
da soja é definido pela oscilação em Chicago, câmbio e prêmio nos portos.  Câmbio não é o maior problema porque um ano
atrás o dólar estava no mesmo patamar de hoje ao redor de R$ 5,00. O problema
reside na baixa demanda chinesa que fez com ocorresse desvalorização nos portos
e a bolsa de Chicago também não tem ajudado.

                As exportações nesse mês de abril
deverão ficar 10% abaixo do esperado. A produção brasileira, mesmo com a seca
no Rio Grande do Sul, será recorde, deverá  chegar a 153 milhões de toneladas.  A situação de oferta não é tão diferente do
ano passado.  Ocorre também que a China
comprou muita soja ano passado na época da colheita brasileira, estocou  produto e agora reduziu as compras.

              O Brasil
colhe  quase a metade da produção mundial
de soja que fica ao redor de 350 milhões de toneladas.  Com mercado saturado, o preço acabou sendo
aviltado. 

               A
conjuntura agrava a situação do produtor gaúcho que além do preço baixo, está
colhendo pouco em virtude da estiagem e pagou um preço alto pelo custo de
produção. A saca de adubo ficou ao redor de R$ 300,00 e a tonelada de ureia R$
6.000,00.

                Mesmo
que o cenário possa mudar nos próximos meses, o Brasil terá que encontrar
demanda para seu produto.  A produção brasileira
não vai parar de crescer em virtude dos projetos de expansão no pampa gaúcho e
nas demais fronteiras brasileiras. Nos últimos 30 anos o crescimento da
produção nacional foi de 18,5% ao ano. A demanda mundial cresce, mas num ritmo
bem menor. Sendo assim, o país precisa encontrar alternativa para alocar sua
produção.  A saída, deve passar pelo
biodiesel.  O produto deverá servir cada
vez mais para geração de energia.

 (João Altair,
editoria de agricultura e pecuária das Rádios Planalto).

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