Em 4 de fevereiro de 2013, quatro jovens foram alvo de disparos enquanto chegavam na residência dos pais de um deles, situada na Rua São Domingos. Um jovem e três amigas, a bordo de um Citroen C4, foram alvejados por mais de 50 tiros disparados por dois homens em um Vectra escuro.
O jovem escapou, sofrendo apenas um ferimento na perna. Uma das vítimas, de 18 anos, foi atingida no braço direito, outra de 20 anos, recebeu quatro tiros nas costas, enquanto Carla Lourenço de Medeiros, também 20 anos, foi baleada na cabeça, deixando-a em estado grave no Hospital da Cidade.
Carla Lourenço de Medeiros, então com 20 anos, ficou acamada por sete anos até seu falecimento em 2020, aos 28 anos de idade.
Onze anos depois, em 31 de janeiro de 2024, uma decisão judicial foi proferida, não levando os suspeitos Ântoni Fisher e William Fisher, também moradores do Bairro São Luiz Gonzaga, a julgamento popular. Ambos sempre negaram participação nos crimes.
A justificativa baseia-se na ausência de evidências concretas sobre a autoria ou participação dos dois indivíduos, uma vez que as vítimas não conseguiram identificar os atiradores. Como resultado, os investigados foram considerados impronunciados, sendo dispensados de comparecerem a um julgamento popular.
O repórter Bruno Reinehr conversou com o advogado criminalista Fabrício Lorandi Pinheiro, sócio do escritório Cavalcanti, Pinheiro & Viuniski que atuou na defesa de Ântoni. Para o defensor decisão judicial foi técnica e justa. Ele expressou compaixão pelo sofrimento das vítimas, demonstrando respeito e solidariedade, mas também destacou o sofrimento dos réus que não estavam envolvidos no incidente ao longo dos anos.
Pinheiro enfatizou o alívio de Antôni com a decisão, permitindo-lhe seguir em frente com sua vida, trabalhando e cuidando de seus filhos. Ele concluiu afirmando que a justiça foi alcançada.
