A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande do Sul coloca em movimento o plano de ação para contenção de um foco confirmado de doença de Newcastle, em uma granja comercial de Anta Gorda. O planejamento foi validado junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária nessa quinta-feira (18/07).
Foram traçados dois perímetros de vigilância, com raios de três e dez quilômetros a partir do foco. “A Secretaria já vem promovendo ações de vigilância ativa antes mesmo da confirmação. Vistoriamos as três granjas comerciais que estão atualmente alojando animais, dentro do raio de três quilômetros do foco”, destaca o diretor adjunto de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Seapi, Francisco Lopes.
O plano de ação prevê visitas a granjas comerciais e também a propriedades com criações de subsistência. No raio de três quilômetros, são 75 propriedades no total. Considerando o raio de dez quilômetros, somam-se a elas mais 801 propriedades a se visitar. Além das vistorias nas propriedades, a Secretaria deve colocar barreiras de desinfecção e bloqueio e barreiras de desvio no raio de três quilômetros. Para evitar tanto a entrada quanto a saída de aves, camas de aviário, esterco e outros produtos que possam carrear o vírus, segundo as autoridades. As barreiras, que vão funcionar ininterruptamente, terão o apoio de segurança da Brigada Militar.
A operação mobilizará um grande contingente de servidores da Secretaria da Agricultura. Em função das barreiras, haverá troca de escalas, com quatro equipes por barreira. Calcula-se que mais de 70 servidores estarão envolvidos na ação. Se não houver novos casos, a previsão é que a operação de contenção do foco se encerre em duas semanas.
Sobre a doença de Newcastle (DNC)
A doença de Newcastle (DNC) é uma enfermidade viral que afeta aves domésticas e silvestres, causando sinais respiratórios, frequentemente seguidos por manifestações nervosas, diarreia e edema da cabeça nestes animais.
De notificação obrigatória à Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA), ela é causada pela infecção por vírus pertencente ao grupo paramixovírus aviário sorotipo 1 (APMV-1), virulento em aves de produção comercial.
Todas as suspeitas da doença, que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita em aves, devem ser notificadas imediatamente à Secretaria da Agricultura, por meio da Inspetoria ou Escritório de Defesa Agropecuária, pelo sistema e-Sisbravet ou pelo WhatsApp (51) 98445-2033.
O Brasil é o maior exportador mundial de frangos, e a Região Sul, liderada pelo Paraná, concentra a maior parte do abate de frangos do Brasil. São Paulo vem na sequência com 201 milhões de cabeças de aves em 2022, cerca de 12,7% do rebanho total do país.