Gerência-Geral de Medicamentos da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou nesta semana o primeiro medicamento injetável para ser usado como PrEP (profilaxia pré-exposição) contra o vírus HIV. Trata-se do cabotegravir, desenvolvido pelo laboratório anglo-sueco GSK.
O registro consta no Diário Oficial da União de 5 de junho e passou a valer imediatamente.
Até então, a única PrEP disponível era oral, uma combinação dos medicamentos (tenofovir + entricitabina), que pode ser tomado diariamente ou em um esquema sob demanda – antes e depois de relações sexuais.
Um estudo apresentado pela GSK em maio de 2020 revelou que o cabotegravir se mostrou 69% mais eficaz na prevenção do HIV do que a formulação oral.
A principal vantagem apresentada pela farmacêutica é justamente o fato de ser injetável. As aplicações são feitas a cada dois meses.
“Precisávamos de um agente injetável para conter a propagação deste vírus e é a primeira vez que temos sucesso nos testes de fase III sobre agentes preventivos. Apesar dos preservativos e preparações orais, há milhares de novos casos de HIV a cada ano no mundo todo e esperamos que o cabotegravir possa ajudar a conter a disseminação”, disse em comunicado o chefe de pesquisa e desenvolvimento da GSK ViiV Healthcare, Kimberly Smith.
Fonte: R7