A cidade de Araguainha, em Mato Grosso, é a terceira cidade menos populosa do Brasil, com apenas 946 habitantes. Ela está situada no centro da maior cratera de asteroide da América do Sul, um evento que aconteceu há cerca de 250 milhões de anos e deixou uma marca impressionante.
A cratera possui um diâmetro de 40 quilômetros, o que equivale a uma área de aproximadamente 1,3 mil quilômetros quadrados. Para se ter uma ideia, essa área seria grande o suficiente para abrigar toda a região metropolitana de São Paulo. Esta cratera resultante do impacto do asteroide se estende por três cidades em Mato Grosso e três em Goiás, abrangendo 60% de sua extensão em Mato Grosso.
Estudos científicos indicam que esse impacto de asteroide pode ter sido responsável pela maior extinção em massa na história da Terra, superando até mesmo a extinção dos dinossauros. A colisão teria aniquilado instantaneamente tudo num raio de até 250 quilômetros, desencadeando posteriormente um aquecimento global repentino e catastrófico, acompanhado de tsunamis e terremotos.
Como resultado, cerca de 90% das espécies que habitavam o planeta na época foram extintas. Isso aconteceu num período em que a Terra era dominada por répteis e anfíbios. Surpreendentemente, o impacto de Araguainha foi ainda mais devastador do que o evento que levou à extinção dos dinossauros, ocorrido 65 milhões de anos atrás e também causado por um corpo celeste, resultando na extinção de 60% a 65% das espécies então existentes.
A equipe das Rádios Planalto está visitando o município para apresentar o projeto Do Rio Grande ao Pantanal. Confira a entrevista no vídeo abaixo:
(Vídeo: Arquivo Pessoal / Célio Júnior)