Compromisso consolida ambiente de segurança
jurídica e econômica para a concretização de investimentos e dá condições
necessárias para a exportação do biocombustível
Nesta quinta-feira (02/02), foi assinado no
Ministério da Fazenda do Paraguai, o ato que firma a concessão de Zona Franca ao
novo terreno da biorrefinaria Omega Green, localizada em Villeta, no Paraguai.
O documento foi firmado pelo Ministro da Fazenda Óscar Llamosa Diaz, pelo Ministro
de Obras Públicas e Comunicações Rodolfo Segovia, pelo Vice-ministro de Indústria
do Ministério da Indústria e Comércio Francisco Ruiz Diaz e pelo presidente da BSBIOS
Erasmo Carlos Battistella.
“Hoje, concretizamos um passo fundamental para
avançarmos com o projeto depois da aquisição do novo terreno para uma área
maior, com 384 hectares. Agora, estamos aptos para seguirmos para outras etapas”,
destacou o empresário.
As etapas do projeto de engenharia, da
concessão da licença municipal de construção e das licenças ambientais
paraguaias já foram concluídas. “A Zona Franca consolida um ambiente de
segurança jurídica e econômica favorável à realização de investimentos no país
e nos dá condições necessárias para a exportação do biocombustível. Agora
buscamos firmar os financiamentos necessários para o projeto,” destacou
Battistella.
“Este projeto (Omega Green) visa
transformar o Paraguai em um produtor de energia 100% renovável. A avançada
tecnologia nos coloca como referência mundial, atrairá investimentos em capital
humano e atividades de maior valor agregado e ajudará a sustentar nosso
crescimento econômico, não apenas no local onde a fábrica opera, mas em todo o
país. Valorizamos o empenho dos investidores, tendo em conta que deram continuidade
a este projeto tão importante para o interesse nacional, apesar do cenário
complexo dos últimos anos.”
Óscar
Llamosa Diaz, Ministro da Fazenda
“Esta
construção aposta no desenvolvimento desta região e da Zona Franca de Villeta.
É uma satisfação deste governo receber investimentos deste tipo. Esperemos que
a construção comece em breve.
Rodolfo
Segovia, Ministro de Obras Públicas e Comunicações
“Este é um
projeto que nos oferece um nicho importante para a produção de soja
certificada. O Paraguai está hoje neste estágio intermediário de
industrialização. As exportações agroindustriais superam as exportações
primárias. Estamos na transição de uma economia rural para uma economia
agroindustrial. O projeto Omega Green vai melhorar isso. Celebramos um
investimento deste tipo que vai gerar emprego e crescimento econômico.
Francisco
Ruiz Diaz, Vice-ministro de Indústria do Ministério da Indústria e Comércio
Zona Franca
A Zona Franca foi determinada pelo Decreto
Presidencial nº 8376 de 24 de novembro de 2022, do presidente do Paraguai Mario
Abdo Benítez. O documento destaca a capacidade do projeto de impulsionar o
comércio exterior, agregar valor às matérias-primas produzidas no Paraguai,
como gorduras animais, óleos vegetais e óleos residuais, gerar emprego e trazer
tecnologia de ponta para o país.
O contrato garante a manutenção de condições
legais do projeto pelo prazo de 30 anos, renováveis por mais 30 anos. O
complexo foi considerado “de interesse nacional” pelo governo do Paraguai
devido à sua importância social e econômica para o país. Ele vai trazer ganhos
para a economia de mais de US$ 8 bilhões em 10 anos, contribuindo para o
equilíbrio da balança comercial. Vai gerar 3.000 empregos diretos na fase de
construção e cerca de 2.400 diretos e indiretos quando entrar em operação.
O terreno está em Villeta, a 45 quilômetros de
Assunção, capital do Paraguai. A área tem a vantagem de fazer uma fronteira de
220 metros, por um lado, com a rodovia (Rutta Villeta-Alberdi), e por outro,
com uma faixa maior de margem do rio Paraguai. Outra vantagem é estar
localizado a cerca de 100 metros de uma subestação de energia (Subestación Buey
Rodeo).
Existe ainda a oportunidade de abrigar
ampliações futuras, com espaço mais amplo para o desenvolvimento do porto, além
de permitir receber parceiros estratégicos que possam investir em atividades
afins. A proximidade com a rodovia asfaltada e com a subestação de energia
também reduz custos operacionais para o projeto. O terreno contará com Área de
Permanente de Preservação (APP), mantendo a identidade do bioma atual.
Obras de infraestrutura para estabelecimento
de vias internas e de acesso, assim como todo o cercamento da área que abrigará
o projeto, já foram realizadas. A construção civil da planta deve iniciar ainda
em 2023 e tem o prazo de conclusão de até 3 anos. A produção de biocombustíveis
está prevista para o ano de 2025.
Omega Green
A biorrefinaria Omega Green terá capacidade
para produzir 20 mil barris/dia de biocombustíveis avançados, como o HVO
(diesel verde), SAF (combustível de aviação sustentável) e Naphtha Verde
(matéria-prima usada na indústria química para a produção de plástico verde).
Esse biocombustível é menos poluente e contribui para a redução das emissões de
gases do efeito estufa e, para o alcance das metas mundiais de descarbonização,
como o Acordo de Paris.
BSBIOS La Paloma
A BSBIOS adquiriu no começo deste ano a fábrica
de biodiesel e esmagadora de soja do Complexo Industrial La Paloma, que passará
a se chamar BSBIOS La Paloma. A decisão reafirma o posicionamento de
diversificar os investimentos, internacionalizar a empresa e avançar em
matérias-primas certificadas e energias renováveis, reforçando o compromisso
com o desenvolvimento sustentável do Paraguai e com o atendimento da crescente
demanda por biodiesel na região.
Battistella aproveitou a oportunidade para
reforçar junto aos ministros a importância do Manifesto em Defesa dos
Biocombustíveis lançado no final do ano passado, que envolveu as associações do
Paraguai, Brasil, Argentina, Uruguai e Colômbia, e pediu o aumento da mistura
de biodiesel no país. “Junto com a Cámara Paraguaya de Biocombustibles y
Energías Renovables (BIOCAP), nosso pleito é para que o Paraguai avance para
uma mistura de 5% como já é praticado em outros países da região”, destacou
Battistella. “O desenvolvimento sustentável na América do Sul gera emprego
local e preserva o meio ambiente, colocando a região no mesmo nível de avanço
que podemos reconhecer no mercado dos Estados Unidos”, completou o presidente
da BSBIOS.
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