Uma reportagem da revista Piauí, publicada na última segunda-feira (6), revelou detalhes de contratos milionários envolvendo influenciadores digitais e sites de apostas, conhecidos como “bets”. Entre os nomes citados, a influenciadora Virginia Fonseca chamou a atenção pelo alto valor de seus ganhos.
De acordo com a reportagem, Virginia assinou, em 2022, um contrato com a Esportes da Sorte, plataforma de apostas investigada pela operação Integration. A parceria rendeu um adiantamento de R$ 50 milhões à influenciadora, com base em um modelo de remuneração chamado “cachê da desgraça alheia”. Nessa modalidade, o contratante paga 30% sobre as perdas dos seguidores que apostam na plataforma.
A revelação gerou polêmica nas redes sociais. Segundo a publicação, Virginia atraiu cerca de 120 mil novos apostadores após promover o site em um vídeo publicado no início de 2023. Contudo, a parceria com a Esportes da Sorte não foi mantida. Pouco tempo depois, a influenciadora firmou contrato com a Blaze, outro site de apostas também sob investigação, garantindo um faturamento anual de R$ 29 milhões.
Procurada pela revista, Virginia não respondeu às perguntas sobre o modelo de remuneração ou sua participação em sites investigados.
A influência de personalidades famosas no crescimento do mercado de apostas no Brasil tem sido tema de debate, especialmente diante das investigações que envolvem irregularidades. O caso de Virginia Fonseca destaca a complexa relação entre marketing digital e as consequências para o público, levantando questionamentos sobre a ética nas práticas comerciais de grandes influenciadores.
Enquanto a situação segue repercutindo, o envolvimento de figuras públicas em contratos lucrativos com plataformas investigadas desperta alertas sobre a regulação desse mercado no país.
