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Catedral Nossa Senhora Aparecida: 75 anos de fundação

Pe. Ari Antonio dos Reis

No dia 20 de janeiro celebramos 75 anos de criação da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, Catedral Metropolitana de Passo Fundo. A celebração desta data motiva a fazer a memória agradecida dos pioneiros que nas primeiras décadas do século XX pensaram a criação desta paróquia em vista da evangelização como motivação primeira e também já tendo no horizonte a criação de uma diocese.

O livro tombo, que apresenta os fatos históricos relevantes da vida paroquial, assinala que no dia 20 de janeiro de 1950, Dom Antonio Reis bispo diocesano de Santa Maria, criou esta paróquia em vista de ser a sede da futura diocese de Passo Fundo, tendo nomeado como pároco o Pe. Laurentino Tagliari, que assumiu suas funções no dia 12 de fevereiro do mesmo ano. Como previsto, no dia 22 de julho de 1951 a Paróquia Nossa Senhora Aparecida tornou-se Catedral da Diocese de Passo Fundo acolhendo o primeiro bispo, dom Claudio Colling.

A Paróquia da Catedral é uma instituição da Arquidiocese de Passo Fundo voltada à evangelização. É a sua função primeira. Ela existe para evangelizar uma determinada porção do povo de Deus confiada a um ministro ordenado sob a confiança do bispo diocesano. A finalidade primeira de uma paróquia definida historicamente é apresentar e testemunhar o Evangelho de Jesus Cristo à população de determinado território. Nesta missão conta com o trabalho dos ministros ordenados, dos leigos, dos consagrados e consagradas, que assumem as pastorais, ministérios e serviços, em vista da evangelização.

No caso de uma paróquia que é Catedral, há uma função especial no conjunto de uma Igreja diocesana que vai além da esfera da comunidade paroquial.  A comunidade paroquial é aquela comunidade constituída, formada por aqueles que participam regularmente dos sacramentos, atividades e demais ofícios religiosos. É a comunidade paroquial como existe em todas as outras paróquias.

Todavia, por ser igreja Catedral, e simbolicamente acolher a “cátedra” de onde o pastor diocesano (bispo) governa o povo a ele confiado, enquanto espaço físico, sua função extrapola a função paroquial. É lugar de acolhida da comunidade diocesana.  E o templo faz-se este lugar de acolhida. Então, “a catedral é o lugar natural de celebrações significativas e singulares para a vida de uma cidade e de uma Diocese: ordenações presbiterais e episcopais, missas crismais, sínodos diocesanos, abertura e encerramento de anos pastorais, celebrações quaresmais, os mais importantes momentos da cidade e a visita de personalidades e autoridades” (cf. Cadernos do Concílio n. 8 pag. 31).  A Catedral explicita em vários momentos a unidade diocesana entre o bispo o clero e os leigos, fundamental no projeto evangelizador diocesano. Vê-se então este movimento bonito de diálogo interno na Igreja que a Catedral favorece, como comunidade local e como comunidade diocesana.

Uma segunda dimensão importante da Paróquia Catedral é o diálogo com a sociedade de Passo Fundo. Este diálogo é marcado por vários elementos. Primeiro, hoje quando se mostra a cidade de Passo Fundo para “fora” usa-se a imagem da Catedral. O templo ajuda a dar identidade à cidade de Passo Fundo. Segundo, a igreja que permanece aberta a maior parte do dia, é o espaço do silêncio, da meditação e da oração, que permite que a pessoa saia do mundo agitado e barulhento e encontre momentos de silêncio para rezar ou para acalmar o seu coração. O templo é a mãe que oferece o aconchego do silêncio e a possibilidade da prece para quem dela necessita. Diariamente oferece a Eucaristia, sustento dos que têm fé.

Terceiro, o diálogo através da cultura, que significa abertura para a arte e a criatividade humana. Oferece-se oportunidade anualmente para apresentações culturais que são importantes para uma cidade como Passo Fundo. É um serviço que a paróquia oferece para população desde muitos anos. Muitas orquestras e corais têm se apresentado no espaço da Catedral em vista da acústica favorável. Oferta-se este serviço para a população de Passo Fundo e região como forma também de diálogo social.

Celebramos 75 anos de caminhada agradecendo aos que vieram antes de nós e se esmeraram na manutenção da obra evangelizadora. Nos comprometemos na manutenção desta obra. O grande desafio que surge é a restauração dos vitrais e do templo. Por isso neste tempo celebrativo estamos lançando a Campanha “Amigos da Catedral”.

Venha fazer parte desta grande equipe.

 

Pe. Ari Antonio dos Reis

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