O acordo de cessar-fogo firmado entre Israel e o movimento Hamas entrou em vigor neste domingo (19), na Faixa de Gaza, após um atraso de quase três horas em relação ao horário previsto. A trégua, mediada por Catar, Egito e Estados Unidos, prevê uma pausa nos ataques, a libertação de reféns e a entrada de ajuda humanitária no território palestino.
De acordo com a Al Jazeera, o atraso foi causado pela demora na entrega da lista com os nomes dos primeiros prisioneiros a serem libertados. Ainda assim, por volta das 6h (horário de Brasília), o cessar-fogo foi confirmado.
Primeiras liberações
O Hamas deve libertar, ainda hoje, três reféns israelenses: Doron Steinbrecher, 31 anos; Emily Damari, 28; e Romi Gonen, 24. Ao todo, 33 reféns israelenses serão trocados por 737 prisioneiros palestinos, conforme o acordo. Israel, por sua vez, se comprometeu a liberar 90 mulheres e crianças palestinas nesta primeira etapa.
Os 15 meses de guerra na região deixaram um saldo devastador, com 46.913 palestinos mortos e 110.750 feridos, segundo dados da Al Jazeera. Do lado israelense, o conflito ganhou intensidade após o ataque do Hamas, em outubro de 2023, que resultou na morte de mais de 1.100 pessoas e no sequestro de centenas.
Ajuda humanitária
Após a trégua entrar em vigor, caminhões carregados com alimentos e suprimentos começaram a se deslocar para Gaza. A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina informou que 4 mil veículos aguardavam autorização para cruzar a fronteira, sendo metade deles com alimentos essenciais.
Apesar da esperança trazida pelo acordo, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, enfatizou que a trégua é provisória e que o país se reserva o direito de retomar as operações militares se necessário.