A ausência de sintomas iniciais é um dos motivos por que o câncer de ovário é diagnosticado já em fases avançadas para 90% das mulheres. Na maioria dos casos de diagnóstico do câncer de ovário é necessária a remoção cirúrgica do tumor devido ao seu potencial de expansão para demais órgãos, como a bexiga, o reto ou o cólon e considerando o estadiamento da doença, ou seja, a classificação da extensão do tumor.
Por isso, a remoção do tumor de ovário é um procedimento de alta complexidade e que envolve equipe e estrutura específicas. A utilização da tecnologia robótica nestas intervenções possibilita mais precisão para acesso às estruturas internas e também otimiza a recuperação pós-cirúrgica, representando um grande avanço na área oncológica. Esta inovação está disponível no Hospital de Clínicas (HC) de Passo Fundo, local onde a primeira cirurgia robótica oncológica ginecológica do interior do estado foi realizada no dia 30 de maio.
“A cirurgia realizada pela equipe é considerada uma cirurgia de alta complexidade, que impacta diretamente na sobrevida da paciente e realizada por via robótica apenas nos grandes centros oncológicos, sendo a primeira cirurgia oncológica ginecológica desse porte, feita totalmente por via robótica, realizada no interior do RS.” destaca a cirurgiã oncológica, Dra. Renata Gatelli, responsável pelo primeiro procedimento. Também integraram a equipe médica os profissionais Dr. Marcelo Andrade Vieira, Dr. Charles Gatelli e Dr. Marcelo da Luz.
O impacto na recuperação pós-operatória também é uma das vantagens da utilização da tecnologia robótica. A agilidade na recuperação é importante para pacientes oncológicos, possibilitando a continuidade do tratamento com maior brevidade quando há a necessidade de quimioterapia, radioterapia ou imunoterapia, por exemplo.
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