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Com instalação de usina pela Be8, Passo Fundo projeta subir de 6ª para 4ª maior economia do RS Prefeitura encaminhou à Câmara de Vereadores, na última terça-feira (11), projeto que autoriza a concessão de incentivo fiscal a empreendimento

Foto: Be8 (Divulgação)

Com a perspectiva de alavancar a economia regional e criar centenas de empregos diretos e indiretos, a prefeitura de Passo Fundo encaminhou à Câmara de Vereadores, na última terça-feira (11), projeto de lei que autoriza o município a conceder incentivo fiscal à empresa Be8 para a construção da primeira grande usina de etanol do Rio Grande do Sul. Referência em sustentabilidade e inovação, a nova indústria usará cereais para produzir biocombustíveis e alimentos para seres humanos e animais. O investimento previsto é de R$ 1,08 bilhão, com faturamento anual de R$ 1 bilhão a partir do início efetivo das operações.

No texto enviado à Câmara, a prefeitura justifica a importância do incentivo fiscal elencando uma série de benefícios sociais e econômicos que a usina trará para a região. O Executivo destaca que o empreendimento poderá tornar Passo Fundo o 4º município mais rico do Estado, atrás apenas de Porto Alegre, Caxias do Sul e Canoas. Hoje, a cidade da Região Norte ocupa o 6º lugar no ranking de municípios com maior Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul. Com a construção e operação da usina, a expectativa é de que Passo Fundo ultrapasse Rio Grande e Triunfo.

O projeto de lei tramita em regime de urgência e, assim, terá de ser votado pelos vereadores em até 45 dias. O texto autoriza o município a repassar R$ 56 milhões à Be8 ao longo da implantação do projeto. Os recursos deverão ser utilizados em serviços de terraplenagem, drenagem e pavimentação do trevo e do terreno, cercamento industrial, perfuração de poços artesianos e jardinagem industrial.

A proposta do executivo municipal também isenta o empreendimento do pagamento das taxas de licença e mantém zerada a cobrança de Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) pelo prazo de dez anos.

Em contrapartida, a montagem da usina deve gerar 800 empregos. Depois, a partir do início das atividades, a expectativa é de que sejam criados 175 postos de trabalho permanentes, além de 1,5 mil indiretos.

 

Futuro

Projeto desenvolvido sob a liderança do presidente da Be8, Erasmo Battistella, a usina utilizará cereais como trigo, triticale, cevada, milho e sorgo como matéria-prima para a produção de etanol anidro (usado na mistura com gasolina) e etanol hidratado (vendido diretamente ao consumidor nos postos de combustíveis), além de alimentos para seres humanos (glúten vital) e animais (o chamado DDGS).

A Be8 projeta produzir anualmente 26,9 mil toneladas de glúten, aditivo usado na panificação. Hoje, todo o glúten consumido no Brasil é importado. A expectativa é de que o produto fabricado em Passo Fundo possa suprir 100% do mercado nacional nos próximos anos.

A construção da usina também deverá beneficiar diretamente o agronegócio gaúcho com o aumento da demanda por cereais. Como um dos principais insumos da nova indústria será o trigo, a expectativa é de que a área plantada da cultura de inverno seja ampliada para 200 mil hectares até 2028 – cerca de 20 vezes mais do que é cultivado hoje.

A usina deverá ser instalada numa área de 80 hectares, às margens da BR-285, no sentido de Passo Fundo para Carazinho. O empreendimento já tem financiamento de R$ 729,7 milhões aprovado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e licença ambiental emitida pela FEPAM.

O cronograma prevê o início da obra em julho de 2024, com o serviço de terraplanagem. Após seis meses, está programada a construção e montagem da indústria, processo que deve se estender por dois anos. O início das operações está previsto para o primeiro semestre de 2027.

 

Oportunidades para Passo Fundo e Norte do RS:

1 – Geração de 800 empregos durante a construção da usina;

2 – Criação de 175 empregos diretos e 1,5 mil indiretos a partir do início das operações da nova indústria;

3 – Aumento da oferta de etanol no Rio Grande do Sul, hoje um dos Estados brasileiros menos competitivos para o biocombustível em relação à gasolina;

4 – Incremento na arrecadação de impostos do Município de Passo Fundo e do Estado do Rio Grande do Sul, o que representará retorno para a sociedade na forma de mais investimentos em Educação, Saúde e Segurança;

5 – Promoção do desenvolvimento regional sustentável, a partir de um modelo inovador de indústria que gera e distribui renda para a população e colabora com a preservação do meio ambiente;

6 – Impulso para a transição energética, aumentando a oferta de biocombustível no mercado brasileiro e internacional em substituição progressiva à queima de combustíveis fósseis, maior responsável pela emissão de gases de efeito estufa na atmosfera;

7 – Impacto positivo sobre setores como agricultura e logística, movimentando toda a cadeia produtiva de Passo Fundo e da Região Norte do Estado.

8 – Novas oportunidades de profissionalização por meio de cursos. A Be8 está estruturando, com instituições de ensino, cursos de formação técnica e de aperfeiçoamento profissional com o objetivo de desenvolver e formar profissionais qualificados para a nova fábrica e demais processos industriais da empresa.

 

 

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