Estabelecida há cerca de 15 anos, a Comunidade Indígena Fag Nor, na saída de Passo Fundo para Lagoa Vermelha, ainda não conta com serviços essenciais, como saneamento básico e transporte coletivo até a cidade. São 40 famílias residentes em uma área entre o parque da Efrica e a BR 285, a cerca de 10 km do centro.
Na tarde de segunda-feira (12), representantes da comunidade, incluindo o cacique Adelino Domingos, acompanhados pela Comissão dos Direitos Humanos de Passo Fundo, estiveram na Câmara de Vereadores e se reuniram com o presidente Saul Spinelli.
Conforme o cacique, são necessidades antigas e essenciais para a qualidade de vida de, ao menos, 160 pessoas que residem no local há uma década e meia. Atualmente, as famílias são abastecidas por caminhão-pipa. “A gente vem há tempos pedindo que nos atendam. Como cidadão igual a qualquer um do município de Passo Fundo, temos os mesmos direitos. Possuímos o nosso documento, o título, nós votamos aqui em Passo Fundo”, enfatizou Adelino Domingos, ao reiterar a necessidade por uma linha de ônibus. “Precisamos do ônibus pelo menos três a quatro vezes ao dia. Não queremos que vá nos buscar de graça, pagamos o que tem que pagar. Só que tenha uma linha”, pediu o cacique.
Ao acompanhar o grupo na Câmara, a ativista em direitos humanos e comunidades tradicionais pela Comissão dos Direitos Humanos de Passo Fundo, Leci Albany, complementou que melhorias na estrada de acesso também integram a pauta de reivindicações. Ainda, quanto ao abastecimento de água, comentou sobre um poço artesiano existente em área vizinha, atualmente desativado, que poderia atender as necessidades da comunidade caso passasse por revitalização.
O presidente da Câmara ouviu as demandas, informando que pretende se reunir com a Emater e o Sindicato Rural para discutir, principalmente, sobre o abastecimento de água.
