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Condenação de réu: morte de Cleusa não poderia ficar como mais um feminicídio na estatística, afirma advogada

Mais um crime de feminicídio teve o seu desfecho, com a decisão em julgamento, que resultou em condenação do réu em Passo Fundo. Claudio Albano dos Santos, de 51 anos, recebeu pena de 22 anos e 11 meses de prisão, por ter matado Cleusa Souza da Silva, de 48 anos, com quem mantinha um relacionamento amoroso.

O crime foi cometido em junho de 2022. Na oportunidade, a mulher foi tida como desaparecida e dias depois o corpo foi localizado após a confissão de Claudio. Após matar a vítima por estrangulamento, ele levou o corpo e o queimou, abandonando-o na localidade de Campo do Meio, entre os municípios de Mato Castelhano e Gentil. Em seu julgamento, o homem disse que estava arrependido e que ficou “cego” por ciúmes da mulher.

Falando à Rádio Planalto News (92.1), o advogado que prestou assistência ao réu, Gustavo da Luz, disse que a defesa mostra-se inconformada com o resultado, mas respeita a decisão da Justiça. Disse que serão olvidados os esforços para encaminhar o recurso ao Tribunal de Justiça, buscando a anulação do julgamento, observando os aspectos técnicos do júri.

Já a assistente de acusação, Maura Leitske (foto), considera que se fez justiça no caso. “Nós, na verdade, sentimos que temos o dever cumprido. A família queria respostas e se perguntava sobre o que teria acontecido no dia da morte de Cleusa. Claudio Albano não falava, não trazia detalhes e hoje (data do júri), ele resolveu falar. Não queríamos que esse feminicídio fosse mais um crime para a estatística. A defesa tentou argumentar que o réu estava com problemas mentais, o que não se sustentou, até porque ele teve um trabalho de ocultar cadáver, queimar e fazer a ocultação do veículo utilizado no transporte. Esse tipo de crime não pode ficar impune. A morte de uma mulher deve ter sua discussão levada para a sociedade, e, cada vez mais, ter a punição”, destacou Maura Leitske.

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