Grupo Planalto de comunicação

Falta de chuvas: governo colombiano pede que população apenas tome banho de segunda a sábado Prefeito da capital também pediu que casal entre junto no chuveiro. Preocupação é com efeitos do El Niño

Foto: Daniel Muñoz / AFP

A seca na Colômbia fez o prefeito de Bogotá, Carlos Fernando Galán, sugerir que os moradores da capital deixem de tomar banho por um dia – apenas de segunda a sábado. Além disso, a orientação é que o casal entre junto no chuveiro para economizar água.

“Se, no domingo, você não sair de casa, aproveite e não tome banho. Aguente em casa durante o fim de semana e, na segunda, tome banho”, afirmou o político à emissora Noticias Caracol.

Com seus pântanos, rios e lagoas, a Colômbia é considerada uma potência hídrica. A falta de chuvas das últimas semanas, porém, fez Bogotá e outros onze municípios adotarem racionamentos que afetarão cerca de 10 milhões de pessoas. Os bairros vão ficar sem água por 24 horas a cada 10 dias, dependendo do turno que lhes corresponda.

“A situação é crítica”, reconhece Galán, que não descarta a manutenção da situação de emergência até o final do ano.

O culpado é o fenômeno climático El Niño, que desde o início do ano tem causado estragos na Colômbia, especialmente na região andina central. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, o local atingiu “temperaturas incomuns” de até 24 graus Celsius. Em janeiro, a seca causou centenas de incêndios que consumiram mais de 17 mil hectares de floresta.

Nesta quinta, um caminhão-pipa distribui água nas íngremes ruas de La Calera, cidade nos arredores de Bogotá que fornece 70% da água que chega a capital. Nos últimos dias, a queda no nível de água de suas represas revelou ilhas de terra no que é, segundo as autoridades, o pior momento das barragens desde a década de 1980, quando foram construídas.

Após o início do racionamento, a ministra do Meio Ambiente, Susana Muhamad, afirmou que a seca se deve a uma “nova realidade climática” e a condições às quais a cidade e a região precisam se adaptar. Segundo ela, só no final de abril ou início de maio as chuvas aliviarão a emergência nas represas.

Facebook
Twitter
WhatsApp

Notícias Relacionadas

Categorias

Redes Sociais