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Delegadas e Delegados de Polícia decidem suspender a divulgação e entrevistas sobre operações

Delegadas e Delegados da Polícia Civil decidiram não
divulgar mais detalhes de operações policiais e número de prisões para a
imprensa e em redes sociais, bem como não conceder mais entrevistas. A Asdep
anuncia ainda que o associado que não cumprir está sujeito a comissão de ética
da entidade. A medida, decidida em Assembleia Geral da categoria, realizada na
sexta-feira (27/10) à noite com participação de centenas de Delegados e
Delegadas, é uma forma de protesto pela inexistência de diálogo com o Governador
Eduardo Leite no sentido de negociação e valorização da carreira. O
tensionamento decorre da crescente insatisfação nos últimos meses entre
servidores da área da segurança pública com o Governador Eduardo Leite, que não
recebe as categorias para negociar, mas, no entanto, divulga rotineiramente os
excelentes resultados da segurança pública.

“São em média quatro operações por dia. Estamos trabalhando
muito e não somos valorizados. Então, não divulgaremos operações e não mais
daremos entrevistas. Delegadas, Delegados, os Policiais Civis, como um todo,
são responsáveis por uma área da segurança pública que mais entrega resultados
para a sociedade gaúcha. Todavia, o Governo Eduardo Leite sequer nos recebe
para negociar um plano de valorização salarial”, destaca o presidente da Asdep,
Delegado Guilherme Wondracek, que alerta que as medidas que serão adotadas pela
categoria não afetarão a sociedade.
Na tarde desta terça-feira (24/10), foram aprovados reajuste de 12,36% somente
para servidores vinculados ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS),
Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS), Tribunal de Justiça Militar (TJM),
Ministério Público (MP-RS), Defensoria Pública do Estado e Assembleia
Legislativa.

A categoria ainda sinaliza que realizará audiências com
parlamentares e nas Câmaras de Vereadores do interior do Estado e da região
metropolitana para detalhar a situação.

Ainda durante a assembleia, a categoria aprovou também a
reformulação do estatuto da entidade e criação de nova categoria de sócio, o
sócio afetivo, sem direito a voto ou ser votado e nem participar de assembleias
da categoria.

O sócio afetivo poderá  incluir cônjuge do titular
falecido ou algum familiar mediante pagamento de mensalidade relativo a 50% do
valor pago pelo sócio efetivo. O sócio afetivo poderá, desse modo, usufruir de
benefícios como plano de saúde oferecido pela Asdep e hotel de trânsito

Além disso, o mandato do presidente passará para três anos.

Fonte: ASDEP

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