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Dia Mundial da Saúde Mental: como reconhecer quando é preciso buscar ajuda

Você tem o hábito de refletir sobre seus pensamentos, emoções e sensações? Consegue perceber quando algo não vai bem com sua saúde mental? 

A rotina cada vez mais corrida, a hiper conectividade e comparações constantes pelas redes sociais, alimentação com poucos nutrientes, estresse no trabalho, além da cobrança pessoal e externa pela perfeição em tudo: na carreira, na família, no físico, nos estudos, na vida social e financeira, são questões responsáveis pelo aumento significativo de diversos transtornos mentais.

A data de 10 de outubro, Dia Mundial da Saúde Mental, é lembrada todos os anos como forma de chamar a atenção pública para o assunto, que ainda é um tabu na sociedade. A saúde mental pode afetar a todos, sem distinção de faixa etária, nível de escolaridade, etnia ou renda, e conforme pesquisas, boa parte da população está deprimida ou ansiosa. 

“Todo mundo, em algum momento da vida, terá questões importantes de saúde mental. Pode ser um quadro ansioso, depressivo ou um luto mais complicado, por exemplo”, destaca a psicóloga Roberta Westphalen. 

A profissional afirma ainda que falta de energia, dores de cabeça e pelo corpo, déficit de concentração, distúrbios do sono, irritabilidade excessiva e isolamento social são alguns dos indícios de que uma pessoa não está bem. 

Quando a saúde mental não vai bem, todo corpo sente os sintomas, já que o organismo depende de um equilíbrio para funcionar de forma adequada. Muitas vezes, os sintomas e sentimentos são negligenciados ou as pessoas enfrentam o problema em silêncio, por medo do preconceito. Pela falta de conhecimento, existe uma errada concepção sobre os transtornos mentais, de que pacientes nessa situação estariam sofrendo por escolha e não por se tratar de um problema de saúde. 

A psicóloga ressalta também que é preciso mobilizar esforços para apoiar aqueles que enfrentam transtornos mentais e evitar que a pessoa se sinta culpada, envergonhada ou com medo de ser vista como fraca. Se a irritabilidade, tristeza e desmotivação estão muito presentes é essencial buscar ajuda profissional para tratar os sintomas e evitar complicações. 

“Acolha e não discrimine. Julgue menos e apoie mais a pessoa necessitada. Instrua a procurar um profissional da área da saúde mental (psicólogo ou psiquiatra) e nunca subestime os sintomas do indivíduo em sofrimento”, complementa Roberta. 

O papel do farmacêutico para a saúde mental 

Uma pesquisa recente, de agosto de 2023, mostra que 16,6% da população, 1 a cada 6 brasileiros, faz uso de remédios para a saúde mental. O estudo feito pelo Instituto Cactus, entidade filantrópica ligada à promoção do bem-estar psíquico, motivou a criação do Índice Instituto Cactus-Atlas de Saúde Mental (iCASM), um novo indicador para monitorar o tema no Brasil a cada seis meses. 

Com o número considerável de pessoas fazendo uso de medicamentos para transtornos mentais, o farmacêutico tem muito a contribuir na qualidade de vida destes pacientes. O profissional irá atuar na orientação, uso racional de medicamentos, evitar a automedicação e fazer o acompanhamento do paciente. Conforme o gerente de Serviços de Saúde na Rede de Farmácias São João, Roberto Canquerini, o farmacêutico, muitas vezes o profissional de saúde mais acessível à população, pode ser um aliado fundamental na promoção e manutenção da saúde mental. 

“Os farmacêuticos são treinados para fornecer informações sobre os efeitos colaterais dos medicamentos, interações medicamentosas e outras considerações relacionadas ao uso seguro do medicamento para saúde mental. O profissional também busca promover a adesão ao tratamento prescrito pelo médico, bem como reconhecer sinais e sintomas de transtornos mentais, aconselhar e encaminhar para profissionais adequados e assim promover um cuidado integrado ao paciente”, reforça Roberto Canquerini. 

O gerente de Serviços de Saúde da São João, destaca ainda a importância do monitoramento terapêutico, já que em alguns casos a eficácia e a segurança do medicamento psicotrópico dependem do monitoramento de níveis sanguíneos ou de outras situações fisiológicas. O farmacêutico pode colaborar no acompanhamento de parâmetros para a segurança e eficácia destes tratamentos. Mais de 3.500 farmacêuticos estão à disposição da população nas filiais da Rede de Farmácias São João. 

Alguns sinais de que a mente não está bem:

  • Dores de cabeça; 

  • Dores musculares; 

  • Palpitações; 

  • Problemas estomacais; 

  • Nervosismo; 

  • Enjoo; 

  • Insônia; 

  • Sensação de aperto no peito; 

  • Falta de ar; 

  • Cansaço; 

  • Boca seca;  

  • Tremores; 

  • Problemas de memória; 

  • Tonteira; 

  • Falta de concentração; 

  • Refluxo; 

  • Impotência; 

  • Azia; 

  • Desregulação do ciclo menstrual; 

  • Aumento do apetite; 

  • Manchas no corpo. 

Cuidado da saúde mental das crianças 

Assim como os adultos, as crianças também podem apresentar problemas de saúde mental. Sinais e sintomas devem ser avaliados por um especialista, mas muitas vezes o diagnóstico pode ser difícil, já que as crianças têm mais dificuldade de expressar o que sentem. 

“As crianças também dão sinais de que sua saúde mental não está bem. É preciso que a família esteja atenta. Para preservar a saúde mental das crianças é preciso emitir reforços positivos, valorizar as emoções e cuidado com possíveis sobrecargas, o acompanhamento psicoterapêutico também é fundamental, sobretudo nos casos em que se tenha observado problemas”, ressalta Roberta. 

Hábitos para cuidar da saúde mental 

Pequenas ações no cotidiano também podem ajudar a aliviar os sintomas. Esses são os principais fatores de proteção contra doenças mentais, conforme enfatiza a psicóloga: 

  • Ter uma alimentação saudável;

  • Ter um boa noite de sono;

  • Tempo para lazer;

  • Procurar fazer o que lhe dê prazer;

  • Cuidar da sua fé, ela também é importante;

  • Praticar atividades físicas; 

  • Procurar a ajuda de um profissional da área da saúde mental. 

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