Nesta quarta-feira, 31 de janeiro, é comemorado o Dia Nacional das Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN’s). Esses espaços de preservação foram criados como uma estratégia para promover a conservação da natureza por meio de áreas protegidas a partir da iniciativa dos proprietários particulares. Com 32,2 hectares, a RPPN da Fundação Universidade de Passo Fundo (FUPF) existe oficialmente há sete anos e atua como a principal estratégia para preservação da biodiversidade.
De acordo com o coordenador do Laboratório de Manejo da Vida Silvestre (Lamvis) da UPF, professor Dr. Jaime Martinez, o espaço preserva vários grupos de aves, mamíferos, répteis, anfíbios, peixes, insetos, além de plantas arbóreas, arbustivas, herbáceas, entre outros. “Por preservar toda essa riqueza de vida, a RPPN permite atividades de pesquisa e educação para nossos alunos. É o maior laboratório, a maior sala de aula que temos na Universidade”, afirma, ao salientar que o espaço também preserva algumas nascentes que desaguam no Arroio Miranda, que é o principal recurso hídrico que Passo Fundo têm à disposição, responsável por abastecer cerca de 60% da população.
O município está entre os que mais possuem RPPN’s no Rio Grande do Sul, somando quatro no total. “Essa categoria chamada RPPN, juntamente com as áreas protegidas públicas criadas em todo o Brasil é um bom sistema de conservação da natureza. Elas se somam aos parques e florestas municipais, estaduais e nacionais para preservar aquilo que é mais importante que temos na terra: a vida que vai manter a qualidade da vida das pessoas. Vida longa a esses espaços, que hoje no Brasil somam cerca de 850 mil hectares protegidos em forma de RPPN”, destaca o professor, que atualmente coordena diversas iniciativas de preservação na RPPN da UPF, como monitoramento ambiental da área e o enriquecimento florestal com o pinheiro-brasileiro.