Ouvintes entraram em contato com a Rádio Planalto News 92.1 FM questionando sobre o fim do oferecimento de transporte por parte da APAE aos seus usuários. Falando na programação, o presidente da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Passo Fundo, Marlon Batista Moraes, explicou a situação.
Conforme o dirigente, a APAE trabalha com as políticas de educação, saúde e assistência social. Atende a 350 usuários e desde o fim de 2023, recebeu habilitação para autismo, aumentando mais 150 usuários.
Entretanto, o orçamento já é vultuoso e vai aumentar. A estimativa é de um custo de R$ 4 milhões no ano de 2024, sendo que metade é oriundo de convênios com o poder público. O restante é obtido junto à comunidade.
Diante desse quadro, Moraes explica que apenas a política de educação prevê o transporte gratuito. “Para os nossos usuários que frequentam a Escola Alice Sana Costi, o transporte continua sendo fornecido normalmente. Para os usuários que frequentam as oficinas de convivência, administradas pela assistência social, tomamos a decisão de deixar de fornecer o transporte gratuito. Mas a maior parte dos usuários da assistência social, não fazia utilização desse transporte público. No total, a medida atinge 19 usuários e suas famílias” cita.
Marlon Batista Moraes salienta que o corte se faz necessário pela falta de recursos para esse fim. “Transporte é o segundo maior custo da APAE, chegando a R$ 200 mil em 2023. É uma situação difícil para essas 19 famílias, é uma decisão dura para a direção, mas necessária para a manutenção dos serviços” completa.
Na próxima semana ocorre uma reunião da APAE com as 19 famílias para a obtenção do transporte junto ao poder público.
