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Governo Lula prioriza suas bancadas na Câmara para liberar verbas de emendas

          Reportagem de O
Globo desse final de semana, mostra que o governo Lula tem priorizado as
bancadas dos partidos que lhe dão sustentação. O PL, mesmo tendo a maior
bancada está fora dos cinco partidos que mais receberam recursos. O PL elegeu
99 deputados e o PT 68, a segunda maior bancada.

         Na busca do governo
por ampliar a base na Câmara, o PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, e partidos do Centrão foram os que mais receberam emendas parlamentares
até aqui neste ano.

             As emendas são verbas
previstas no Orçamento da União que o governo tem que liberar para os
parlamentares. São usadas por deputados e senadores para obras e projetos em
suas cidades e estados.

            O ritmo da liberação
depende do Executivo. Nas últimas semanas, deputados vinham reclamando de que o
governo Lula não liberou as emendas que havia prometida.

Esse foi um dos motivos pelos quais o governo sofreu algumas derrotas na
Câmara nas últimas semanas. Os deputados barraram, por exemplo, um decreto de
Lula que modificava o marco do saneamento.

            Nesta última semana, a
Câmara aprovou a nova regra fiscal, como o governo queria. Mas, em um novo
revés, uma comissão mista do Congresso alterou uma medida provisória assinada por Lula para
reformular a estrutura de ministérios.

Só nesta semana, o governo liberou R$ 1,3 bilhão em emendas.

 

Por partido

         Depois do PT, os
partidos mais beneficiados por emendas na Câmara até aqui compõem o chamado
Centrão, um grupo informal na Casa que reúne parlamentares de direita e
centro-direita que costumam se aliar a governos em troca de espaços de poder.

        Veja os partidos que
mais receberam emendas, de acordo com o Painel do Orçamento Federal:

          PT: R$ 346,1 milhões

·        
PSD: R$ 234,8 milhões

·        
União: R$ 212 milhões

·        
PP : R$ 199,2 milhões

·        
MDB: R$ 176,5 milhões

  Senado

         No Senado, a maior
liberação de verbas foi para senadores do PSD, partido da base do governo e do
presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (MG).

          Veja a lista:

         PSD: R$ 241,1 milhões

·        
MDB: R$ 148,9 milhões

·        
PT: R$ 76,5 milhões

·        
PSB: R$ 65,3 milhões

·        
PL: R$ 57,9 milhões

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