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Haddad critica governos Temer e Bolsonaro por não corrigirem tabela do IR Ministro defende isenção para quem ganha até R$ 5 mil e anuncia pacote de crédito habitacional

Foto: Divulgação PT

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou neste sábado (23) a falta de atualização da tabela do Imposto de Renda durante os governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro, medida que, segundo ele, fez com que cerca de 20 milhões de trabalhadores de baixa renda passassem a pagar o tributo.

“A não correção promoveu um enorme aumento de impostos das camadas mais frágeis. Em sete anos, 20 milhões de brasileiros que não deveriam pagar Imposto de Renda passaram a pagar”, afirmou Haddad em debate do PT em Brasília, que contou também com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin.

A tabela do IR ficou congelada entre 2015 e 2022, acumulando defasagem de 36%, segundo o Sindifisco. Desde 2024, o governo Lula ampliou a faixa de isenção, hoje em R$ 3.036, e busca elevá-la para R$ 5 mil, promessa de campanha que avançou no Congresso nesta semana. O projeto, relatado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), prevê ainda redução parcial do imposto para rendas entre R$ 5 mil e R$ 7,3 mil.

Segundo Haddad, a medida beneficiará 25 milhões de pessoas, enquanto a compensação virá de uma alíquota extra de até 10% para contribuintes que recebem acima de R$ 600 mil por ano. “Estamos fazendo justiça tributária, cobrando de 0,01% do topo da pirâmide para aliviar 25 milhões de trabalhadores”, destacou.

No mesmo evento, o ministro anunciou que o governo prepara um pacote para ampliar o crédito imobiliário, com uso de recursos da poupança para reduzir juros em financiamentos voltados a famílias de baixa renda e classe média.

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