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HSVP de Passo Fundo realiza captação múltipla de órgãos Coração, fígado, rins, córneas e ossos foram retirados em ação que envolveu três hospitais do RS

Créditos: Ana Paula Koenemann - Comunicação HSVP

O Hospital São Vicente de Paulo, de Passo Fundo, registrou nesta semana uma captação múltipla de órgãos. A doação foi autorizada por ato solidário da família de um paciente de 34 anos, que evoluiu para morte encefálica.

Na ocasião, foram captados o coração, o fígado, os rins, as córneas e os ossos. Ao todo, quatro pacientes que estavam na lista de espera por transplante foram beneficiados com a doação. Já os ossos e as córneas foram armazenados no Banco de Tecidos Musculoesqueléticos do HSVP e no futuro vão contemplar outras pessoas.

O médico e coordenador da Organização de Procura de Órgãos (OPO 4), Dr. Cassiano Ughini Crusius, disse que a doação salva as pessoas de maneiras diferentes. “Quem recebe o órgão ganha uma nova chance de recomeçar a vida, com qualidade e menos limitações. Já para o familiar do paciente, que veio a óbito, o consentimento é uma forma de amenizar a dor da perda e trazer um conforto para quem fica”.

A ação envolveu as equipes de Organização e Procura de Órgãos para Transplantes e três instituições de saúde, OPO 4 (HSVP), OPO 7 (Santa Casa de Porto Alegre) e Hospital Moinhos de Ventos, que levaram os órgãos em aviões fretados para a capital do do Rio Grande do Sul. A decisão sobre quem recebeu os órgãos foi feita de acordo com o grau de compatibilidade entre o doador e o receptor, tempo de espera na lista e condições clínicas para o transplante.

Cerca de 30 profissionais de diferentes especialidades, anestesistas, cirurgiões, instrumentadores, enfermeiros e técnicos participaram do procedimento que durou, aproximadamente, seis horas. Na doação de órgãos, o tempo, a eficiência técnica da equipe e a qualidade dos equipamentos são fundamentais para assegurar o sucesso do processo de captação e recepção.

CENTRO TRANSPLANTADOR DE ÓRGÃOS E TECIDOS DO HSVP

Desde a década de 80, o HSVP é certificado como Centro Transplantador de Órgãos e Tecidos, juntamente com a OPO 4 e a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT). Os grupos realizam a busca de potenciais doadores, acompanham as famílias enlutadas e os pacientes transplantados. Além da captação, o hospital também faz transplantes de rim, fígado, córnea e tecidos musculoesqueléticos.

O Sistema Nacional de Transplantes é extremamente seguro e respeitado no mundo todo. O caso denunciado no Rio de Janeiro, por exemplo, é isolado e não deve comprometer a legitimidade do trabalho que envolve a doação, captação e transplante de órgãos. “A constatação de morte encefálica segue três etapas extremamente rigorosas, além disso são feitos dezenas de exames laboratoriais e de sorologia para garantir a segurança dos órgãos destinados à doação”, explicou o Dr. Cassiano.

No Brasil, mais de 50 mil pessoas aguardam ansiosamente por uma ligação que pode mudar suas vidas para sempre: a confirmação de que foi encontrado um doador. Essa espera, no entanto, pode levar mais de 18 meses, dependendo do órgão necessitado. Por isso, comunicar a família é o primeiro passo para quem quer se tornar um doador e salvar outras vidas.

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