O Instituto Aliança Empresarial, de Passo Fundo (RS), foi reconhecido como um case nacional de inovação e colaboração empresarial, durante a participação de sua presidente-executiva, Márcia Capellari, no CONCARH 2025, realizado em São Paulo. Em sua apresentação, Márcia mostrou como a união de lideranças empresariais e o engajamento comunitário vêm transformando cidades médias brasileiras em polos de desenvolvimento sustentável, inovação e retenção de talentos, com reflexos diretos na economia e no fortalecimento das conexões humanas.
O CONCARH 2025 reúne mais de 30 mil participantes em São Paulo, entre grandes executivos da área de Gestão de Pessoas e Recursos Humanos das principais empresas nacionais e internacionais. A programação contempla palestras sobre liderança, educação, ESG, diversidade e inclusão, tecnologia, saúde e valorização das relações no trabalho. Paralelamente ao congresso, acontece a EXPO ABRH, feira com mais de 200 estandes que apresenta as principais inovações em serviços e tecnologia para a gestão de pessoas.
Na tarde da quarta-feira (20), Márcia compartilhou a experiência da criação do Instituto Aliança Empresarial e a participação no Pacto pela Inovação em Passo Fundo, iniciativa que une lideranças locais, regionais e o poder público em torno de um novo modelo de desenvolvimento para cidades médias brasileiras. “Diversas ações colaborativas vêm transformando antigos desafios em oportunidades, promovendo desenvolvimento econômico por meio da inovação, sustentabilidade e engajamento, em um cenário que hoje reúne mais de 60 empresas e movimenta mais de R$ 33 bilhões na economia do Rio Grande do Sul, como é o caso do Instituto Aliança Empresarial”, ressaltou.
Em sua análise, Márcia reiterou que cidades médias, entre 200 e 500 mil habitantes, enfrentam um grande desafio: “Historicamente, ainda temos pouca tradição de colaboração empresarial estruturada para gerar um verdadeiro ambiente de inovação e retenção de talentos. Infelizmente, é comum vermos os melhores profissionais buscarem oportunidades em capitais ou até fora do país, em ecossistemas mais consolidados, como o Cubo, em São Paulo; o Instituto Caldeira, em Porto Alegre; o Porto Digital, em Recife; e a ACATE, em Santa Catarina. Esse movimento nos mostra o quanto ainda precisamos avançar para criar, no interior do Brasil, condições favoráveis para que nossos talentos permaneçam, inovem e façam a diferença localmente. Considerando que existem cerca de 400 cidades médias no país, é um desafio coletivo e permanente pensarmos em formas de transformar essa realidade, construindo juntos ambientes que inspirem, conectem e gerem oportunidades”, enfatizou.
Ao longo da apresentação, a palestrante reforçou a importância da inteligência coletiva, do fortalecimento de laços humanos e da descentralização econômica como caminhos para reter talentos e gerar prosperidade. “Se continuarmos agindo individualmente, vamos melhorar apenas o nosso negócio. Mas pautas globais como ESG, inovação e transformação exigem consistência e confiança colaborativa. No atual cenário macroeconômico, em que assistimos ao esvaziamento de talentos do Brasil, precisamos refletir: qual legado concreto queremos deixar? O que podemos construir juntos que gere abundância e responsabilidade para o nosso território?”, provocou.
Entre os cases apresentados, Márcia destacou a revitalização do Hub Aliança, a Casa da Inovação do Norte Gaúcho, oriundo de um moinho de 1930, considerado ícone da história do desenvolvimento econômico da região Norte do RS, que é um patrimônio público tombado. O espaço acolhe programas de formação de talentos, iniciativas de economia circular, projetos de reaproveitamento de resíduos industriais e pactos de governança que posicionam a região como berço de tecnologias voltadas à saúde, educação, construção civil, agronegócio e energias renováveis.