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Janeiro branco: saúde mental precisa ser prioridade, orienta coordenadora de Psicologia Hospitalar do HSVP

“É normal ter períodos em que se fica triste, porém, a tristeza não deve permanecer constantemente na sua vida”, afirma psicóloga do HSVP

Cuidar da saúde emocional é tão importante quanto estarmos bem com a saúde do corpo, é o que afirma a Coordenadora do Serviço de Psicologia Hospitalar, Unidade Teixeira Soares, do São Vicente de Paulo de Passo Fundo, Débora Marchetti. O alerta chega, justamente, durante a Campanha do Janeiro Branco que busca promover a prevenção e a conscientização sobre o autocuidado com a mente. 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, pessoas com a saúde mental comprometida sofrem de problemas de ordem pessoal, social e até mesmo profissional. Por outro lado, quem lida bem com as emoções costuma viver com qualidade e ter sucesso nas diferentes áreas. “Há uma exigência, nem sempre explícita, de que precisamos ser bons e, de preferência, o tempo todo, mas isso pode ser muito perigoso”, explica a psicóloga do HSVP.  

Conforme Débora Marchetti, devemos nos permitir sofrer quando é preciso, para poder também, reconhecer o sofrimento do outro. “Falar sobre saúde mental é reconhecer a si mesmo, a forma como reagimos às situações do cotidiano e como conciliamos ideias e emoções. Como humanos que somos, lidamos diariamente, com pensamentos e sentimentos que nem sempre são bons, enfrentamos dificuldades e mudanças na vida, ou seja, ser perfeito é um desafio impossível de se alcançar”.  

O fato é que o sofrimento mental pode prejudicar o desempenho da pessoa em diversos aspectos da sua vida, desde a compreensão de si, comprometimento da sua qualidade de vida, até nas relações familiares, nos estudos, vida profissional e social. Por isso, o mês de Janeiro colabora para desmistificar o tema, superar mitos e preconceitos, informar, sensibilizar e conscientizar a sociedade, pois, a falta de conhecimento impede, muitas vezes, que a pessoa que está em sofrimento busque a ajuda adequada.

SINTOMAS DE GRAVIDADE

Quando o assunto é saúde mental alguns sintomas nos mostram que algo não está certo. É importante observar problemas com o sono, mudança de apetite, isolamento social, agressividade e raiva,  preocupação excessiva, dificuldade de se concentrar, queda na produtividade, sintomas físicos e ansiedade. Então, quaisquer dos sinais que causem prejuízos funcionais e dificultam o bem-estar da pessoa na rotina de vida, requerem uma atenção especial.

Além disso, a Coordenadora do Serviço de Psicologia Hospitalar do HSVP reforça que devemos nos preocupar com o risco dos problemas de saúde mental evoluírem para patamares mais graves. “É normal ter períodos em que ficamos tristes, porém, a tristeza não deve permanecer constantemente em nossas vidas. Precisamos ficar atentos quando emoções perturbadoras insistem em ficar em nossa vida e já não é possível administrá-las sozinha, é nesse momento que a pessoa precisa buscar ajuda. Pois, o que antes era tristeza pode progredir para ansiedade e evoluir para um quadro depressivo”. 

A psicóloga Débora Marchetti enfatiza que as pessoas não podem diminuir seus sofrimentos. “Perceba o que passa consigo, busque autoconhecimento, compartilhe como se sente com amigos e familiares, e se necessário, procure um profissional especializado, um psicólogo ou psiquiatra, para que seja feito um diagnóstico preciso e um tratamento adequado”. 

Texto e foto: Ana Paula Koenemann/Comunicação HSVP 

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