Uma lanchonete do McDonald’s virou casa para duas mulheres no Leblon, bairro rico da zona sul do Rio de Janeiro. Mãe e filha estariam vivendo no estabelecimento há cerca de 3 meses, saindo do local carregadas de 5 malas apenas quando ele fecha no fim do expediente. A história polêmica envolve até mesmo um marido que supostamente mora no Reino Unido e denúncias de calote.
O caso veio a público em reportagem da CBN. Com cinco grandes malas de viagem, as mulheres, que dizem se chamar Suzy e Bruna e terem vindo do Rio Grande no Sul, passam o dia em uma mesa dentro da loja da rede de fast food, localizada na esquina das ruas Carlos Góis e Ataulfo de Paiva.
Moradores e pessoas que circulam na região estão curiosos com o caso, já que elas pagam por suas refeições no restaurante e em outros comércios da redondeza, além de estarem sempre com roupas em boas condições e arrumadas — cenário que foge do estereótipo de pessoas que vivem em situação de rua.
Segundo a CBN, moradores, empresários e o poder público já tentaram oferecer auxílio às mulheres, que recusaram todas as ofertas.
Elas já falaram algumas vezes sobre suas condições financeiras, mas sempre de maneira genérica. Bruna disse à reportagem que sua mãe, Suzy, teve um problema de saúde e que já estava bem, e que agora as duas procuravam um aluguel para seu orçamento apertado – no valor de R$ 1.200,00, completamente incompatível com a realidade do Leblon.
Segundo a CBN, Bruna fala diversas línguas e já teve diversos trabalhos, como recepcionista, professora de idiomas e atendente em hotel. Já Susane se casou com um homem que hoje mora no Reino Unido. Os dois eram sócios em uma empresa de Porto Alegre. As duas mulheres afirmam que são da região Sul.
Entenda a história
A reportagem apurou que as mulheres estão vivendo há cerca de 3 meses no McDonald’s. Pessoas que costumam frequentar o local confirmaram que as duas vivem ali o dia inteiro com suas malas e evitam falar com outras pessoas. Mãe e a filha têm um padrão: elas alugam apartamentos e deixam de pagar. Elas já teriam até sido despejadas de apartamento. Assim, com as acusações, ambas possuem uma dívida gigante. Testemunhas ainda afirmam que mãe e filha possuem também acusações de calote em hotéis.
Susane e Bruna evitam falar com a imprensa, mas falaram com o jornal O Dia. Bruna afirmou que elas só estão no McDonald’s há quase um mês. Porém, testemunhas afirmam que elas são vistas desde o Carnaval. Bruna comentou sobre muitas pessoas estarem visitando o local onde elas ficam após o caso viralizar.
“Eu acho que o que gerou curiosidade foi a inveja. Se fosse uma pessoa de pele morena, se fosse uma pessoa de pouca roupa, com pouca mala, não teria despertado curiosidade. Se eu não fosse loira e atraente não teria despertado curiosidade”, disse.
Quando foi perguntada sobre o motivo que a levou a morar ali, Bruna se negou a revelar. “A situação é que eu não devo satisfação. Não estou aqui desde o Carnaval. Eu trabalhei depois. Eu conseguiria esclarecer, mas não quero. Quem continuar com essas histórias que são incabíveis, quem continuar investigando a vida alheia, vai ter processo criminal e danos na área cível”, afirmou.
Bruna comentou ainda sobre a acusação de que foram despejadas de um apartamento, negando tudo. “Eu fiz um acordo com o proprietário. As pessoas não me conhecem. Eu acho que as pessoas têm que parar de ficar fuçando. Quando mais ficam fuçando, terá processo contra elas. Se as pessoas ainda estão indagando se aconteceu alguma coisa, é um monte de gente burra. É óbvio que aconteceu alguma coisa”, disse.